sexta-feira, 18 de novembro de 2011

UMA NOVENA EM ALTO MAR

Meses de preparação com entrevistas e cursos resultaram em nove dias de uma experiência em um navio de passageiros na costa brasileira em 2008



pub. dia 28/12/2008 por
Gladson Fabian - fabianjournalsociety@yahoo.com.br

Em meados de julho tomei conhecimento de oportunidades de trabalho em navios na costa brasileira, em anúncios colocados em um jornal de Curitiba. Fui até o local indicado e assisti uma palestra sobre vida a bordo, com uma agência de contratação de tripulantes e a promessa de conhecer vários lugares no mundo e um salário promissor seduziram-me a tentar uma vaga no processo seletivo da empresa.

A referida agência trabalha com três companhias marítimas, todas espanholas, com vários navios fazendo a costa do Brasil. Como eu tenho um bom domínio da língua inglesa, optei por fazer para uma companhia que exigia essa língua para trabalhar para eles.

A empresa paga salários em dólares aqui no Brasil e em euros na Europa, exceção entre as empresas, pois a maioria paga todos os contratos em dólares, aqui ou fora do país.

Após entrevistas com o senhor Nuno, um português diretor da companhia, fiquei sabendo que a posição de printer que eu gostaria de trabalhar precisaria de espanhol fluente, com domínio de escrita para trabalhar. O printer ou publisher é o profissional que edita o jornal de bordo, distribuído diariamente aos passageiros, com toda a programação do navio, coisa fácil mas depois percebi que cargos de maior confiança não são dados a iniciantes.

Fui então selecionado em outra posição em que tenho experiência, security guard, pois trabalhei durante 15 meses no Banco Central em Curitiba. Acontece que todos os crews (tripulantes) que atuam nessa área são de países asiáticos, exceto é claro, o chief (chefe), um espanhol chamado José Maria. E os asiáticos demoram a deixar seus postos e abrir vagas para sul-americanos.

Após a aprovação começa o calvário dos documentos. Um série de papéis são exigidos para o embarque (veja box), exames médicos, passaporte e um curso especialista ministrado por capitães-de-fragata, realizado fora de Curitiba.

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Um comentário:

  1. Franco Says:
    janeiro 11th, 2009 at 7:48 pm

    Caraca, viu essa notícia, Gladson?

    Maior rebu num desses cruzeiros:

    Folha de Londrina, 11/01/09
    http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-3-46-250-20090110

    “Infecções e bilhetes falsos marcam viagem de cruzeiro”

    Cerca de 380 pessoas apresentaram problemas intestinais devido à ingestão de alimentos no navio. Para piorar, agência teria vendido passagens falsas

    O navio MSC Sinfonia, onde dezenas de pessoas tiveram problemas gastrointestinais nos últimos dias, aportou neste sábado (10) no Píer Mauá, no Rio de Janeiro, depois de uma viagem de oito dias ao Nordeste. Segundo informações da assessoria de imprensa da MSC Cruzeiros, cerca de 380 pessoas apresentaram algum sintoma e 135 tiveram que ser atendidas pelos médicos do navio. Acredita-se que o problema tenha acontecido em decorrência da ingestão de alimentos. Apesar disso, a empresa MSC Cruzeiros afirma que, até agora, não há qualquer evidência de doença alimentar.

    Logo depois do desembarque dos passageiros, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez uma nova fiscalização no navio para verificar a situação sanitária da embarcação. Fiscais da Anvisa já tinham feito uma da vistoria em Salvador (BA), logo que o problema foi constatado. A Anvisa liberou o navio e, logo em seguida, a MSC começou a fazer o embarque de passageiros no MSC Sinfonia para um novo cruzeiro, desta vez para a Argentina e o Uruguai.

    Mas, durante o embarque, um novo problema foi detectado. Alguns passageiros foram impedidos de entrar no navio porque estavam com bilhetes inválidos. Segundo os próprios passageiros, eles foram enganados pela agência de turismo Porto Rio, que lhes vendeu passagens falsas. Estima-se que mais de 90 pessoas tenham sido lesadas pelo golpe. Pelo menos 20 pessoas registraram a ocorrência de estelionato na Delegacia de Copacabana, na zona sul da cidade.

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    Gladson Says:
    janeiro 14th, 2009 at 4:26 pm

    Vi sim, Franco. Acontece que os preços para embarque no Brasil caíram e com eles foi a qualidade dos serviços prestados…

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