sexta-feira, 18 de novembro de 2011

NOVAS LIÇÕES DO HOMEM-BAR


pub. dia 30/11/2008 por Franco Fuchsfrancofuchs@gmail.com

Nesta segunda-feira, o bartender Júlio Romário volta a ensinar as principais técnicas de bar em um curso que acontece no Hotel Promenade (Mariano Torres, 976, quase em frente à rodoferroviária), em dois horários: 10h30 e 19h30. O investimento fica em R$ 250 à vista ou 2 x de R$ 140, sendo que os participantes recebem um “kit-bar” gratuito. Maiores informações você obtém com o próprio Julio Romário, pelos telefones (41) 3575-1407 e (41) 9903-6110.

O Jornal TiraGosto, que já fez um curso desses, meses atrás, recomenda a experiência a todos que apreciam um bom drink e que desejam ampliar seus conhecimentos na nobre arte da coquetelaria. A seguir, conheçam um pouco sobre o professor Júlio, lendo esse perfil que preparamos.


Tanto quanto revela segredos do seu métier em suas aulas, Júlio Romário Pascoal revela um pouco de si. Por exemplo, diz que é um barman que bebe pouco, ao contrário de como fazia um de seus mestres, o barman João Aparecido Pinheiro, que entornava meia garrafa de uísque por noite e faleceu de cirrose aos quarenta anos. “No máximo bebo umas duas cervejas por ano e um vinhozinho de vez em quando”, garante.

Júlio dá muita lição de vida quanto fala de sua trajetória como bartender. Recifense que aportou em São Paulo na década de 70, aos 17 anos de idade, ralou muito até se tornar “um gênio do bar”, nas palavras de Derivan Ferreira de Souza, sumidade entre os bartenders brasileiros.Mas logo que chegou em Sampa, ninguém queria lhe dar uma oportunidade. Júlio então trabalhava como office-boy, ganhando mal à beça, até resolver fazer um curso de garçom no SENAC, em Águas de São Pedro – cidadezinha no interior de São Paulo. Chegando lá, ele conta que nem sabia o que era um garçom. Nunca tinha nem entrado em restaurante.
O curso depois se revelaria muito proveitoso, pois logo em seguida Júlio foi contratado pelo restaurante do Terraço Itália (que era freqüentado por gente como Pelé e Emerson Fittipaldi) como assistente de barman, ganhando mais que o dobro do que ganhava como boy.

Pouco a pouco, Júlio conquistou o seu espaço atrás do balcão. Trabalharia em outros lugares badalados como o “Chamonix” e o “The Place”, até decidir voltar para Recife por uns tempos. Ofertas de emprego não lhe faltaram nos melhores bares nordestinos. “As pessoas só te dão valor quando você brilha fora”, lembra ele. Até que em 1992, cansado do stress dos bares, Júlio decidiu trilhar um caminho um pouco diferente, passando a ministrar cursos de formação de barman.

A atividade teve tanta procura, que ele está nesse ramo até hoje, ministrando cursos quase semanalmente em diversos estados do Brasil. Há sete anos, Júlio realizou outra mudança significativa em sua vida, ao decidir morar em Curitiba. Desde então, é por aqui que ele fica quando não está difundindo a sua arte pelo país.

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