quarta-feira, 26 de outubro de 2011

BOCA DO PALHAÇO - A CRISE DOS ALIMENTOS




Existe uma crise alimentar?

Sim (até abril pelo menos). Pois segundo Célio Porto, secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, esta crise existe por três motivos principais “o aumento do consumo na Ásia, quebra da safra por problemas climáticos em alguns países e utilização crescente de alimentos como o milho e oleaginosas na fabricação de etanol nos Estados Unidos e na Europa”. Ainda de acordo com Porto, pelo menos 104 milhões de toneladas da safra norte-americana (37% por cento do total) serão transformadas em etanol neste ano.

Em 2007 a Europa usou quase oito milhões de óleo comestível para a fabricação de biodiesel e os EUA mais 1,7 milhão, ou seja, quase 10 milhões de toneladas de óleo comestível transformada em biodiesel. Somando milho e soja o consumo para bicombustíveis será de 155 milhões de toneladas/ano a partir de 2008/09. Pra você ter um paralelo a safra brasileira deste ano pode chegar a 142 milhões de toneladas. E isto é um recorde.

Com a queda nos estoques dos alimentos, naturalmente, os preços sobem. E até o povo brasileiro fica preocupado, não tanto pelo milho, trigo, soja, mas pelo arroz que é base da alimentação em nosso país e outros países pobres. Mas de acordo com especialistas os países mais ricos investem cerca de US$ 1 bilhão por dia em subsídios. Esta política de subsídios (praticada há décadas) junto com as barreiras protecionistas causaram desequilíbrios na agricultura mundial. Segundo Célio Porto “se os subsídios e barreiras fossem reduzidos haveria mais produção de alimentos e bicombustíveis no mundo”.

Amedrontados com a alta nos preços dos alimentos muita gente acusa a produção de bicombustíveis. Entretanto, o etanol brasileiro é feito a base de cana-de-açúcar e não entra em conflito com a produção de grãos. Segundo Célio Porto, o Brasil pode aumentar sua produção avançando em áreas subutilizadas pela pecuária de corte, por exemplo. Mas como o povo entende esta crise? Será que ainda existe uma crise ou este assunto já passou e nosso jornal comeu bola? Será que o papo do Brasil agora é aquela camada pré-sal?

O Palhaço Amarildo durante a gravação do seu programa piloto saiu correndo atrás de sua alimentação e no caminho colheu várias opiniões sobre a tal crise dos alimentos.

pub. 18/09/2008 por Leandro Hammerschmidt – informações cozinhadas da revista Paraná Cooperativo - ano quatro, nº 40, abril de 2008

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Um comentário:

  1. Sergio Di Basto Says:
    setembro 22nd, 2008 at 10:47 am

    Parabens pela iniciativa e viva a produçao independente! Gostei muito dos videos e reportagens, alem dos textos, bacana, parabens galera e bola pra frente!

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    Franco Caldas Fuchs Says:
    setembro 24th, 2008 at 3:15 pm

    Sem modéstia, o JTG segue revelando grandes e insuspeitos talentos.

    Primeiro apresentando ao mundo o Jesus Barbosa, esse magistral locutor que deu um toque todo especial ao documentário “Zacas Campeonato” (assista em http://jornaltiragosto.blogspot.com/2011/09/zacas-campeonato_5023.html)

    E agora com o Amarildo, que estréia por aqui no primeiro episódio do Boca do Palhaço.

    Para quem não sabe, o conhecemos num almoço com o Beto Richa que virou matéria para o JTG (leia em http://jornaltiragosto.blogspot.com/2011/10/jornal-tiragosto-almoca-com-beto-richa.html)

    Foi uma grande sorte termos entrevistado o Amarildo naquele dia.

    Durante o nosso papo, logo percebemos que estávamos diante de um comunicador natural, autêntico e inteligente.

    Valeu, Amarildo, por ter aceitado o desafio de gravar esse programa piloto (que foi feito puramente na raça, sem verba alguma pra ninguém). Creio que os espectadores em casa também lhe são gratos!

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    Thalita Uba Says:
    setembro 26th, 2008 at 12:04 am

    Disseram-me pra comer lá no restaurante dia em que o Beto Richa também for lá. Será que arrisco?

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    leandro Says:
    setembro 26th, 2008 at 12:22 am

    sabe o q é Thalita?
    quando o Beto vai lá eles não usam as ervas finas no tempero. Segundo o palhaço Amarildo este gostinho de vez em quando até q vai, mas diariamente enjoa o caboclo
    mas eu mesmo não tenho do que reclamar, gostei da comida até, só achei sacanagem q aqueles pratos têm barriga pra cima

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    Juca Says:
    setembro 29th, 2008 at 8:15 am

    Eu achava uma viagem muito grande o Moreira falar em “peguei o gordurame sem ter os arames”. Que papo de “arames” é esse?, eu me perguntava. Deve ser só pra rimar…

    Até que, por acaso, olhei a palavra “dinheiro” no Aurélio. E lá estava “arame” como um de seus legítimos sinônimos!

    Bem, a título de curiosidade, aí vão todas os outras variantes para “bufunfa” presentes no dicionário. (Vejam como a lista poderia ser bem maior!)

    [Sin. (na maioria pop. ou gír.): arame, bagalhoça, bagarote(s), bago, bomba, borós, bronze, capim, caraminguá(s), caroço, changa, chapa, chelpa, cobre(s), cominho, erva, (lus.) estaleca, ferro, gaita, grana, guita, jabaculê, jibungo, jimbo, jimbongo, jimbra, legume, luz, mango, maquia, massa, metal, milho, mufunfa, níquel, nota, numerário, óleo, ouro, pacotes, pataca, pecúnia, pilcha, prata, tacho, teca, tostão, tuncum, tusta, tutu, unto, vento, verba, zinco. Cf. os tubos.]

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    leandro Says:
    setembro 29th, 2008 at 10:44 am

    caraminguás é o mais bonito!

    de cabeça me lembro destes aqui tb: troco, din din, faz-me rir, vil metal

    depois pra notas já ouvi verdinha (acho q pra dólar e até pra 1 real)
    beija-flor (pra 1 real), galo (pra nota de 50 reais), deilão (pra 10)

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