segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Navegando por aí

Todas as religiões buscam explicar o que ocorre após a interrupção de nossas funções vitais. Céu, inferno, paraíso com 72 virgens, reencarnações em outros corpos humanos ou animais; retorno ao cosmo, diversas explicações que se amparam em uma crença não-lógica, que não podemos racionalizar, pois até onde sabemos cientificamente, nunca alguém retornou da morte para contar como é do “outro lado”.

Mas existe vida após a morte?

Não podemos responder isso, mas podemos afirmar que existe vida online após a morte.


Já se perguntaram o que ocorre com os arquivos virtuais depois que as pessoas morrem? A maioria deles, após um tempo de uso é desativado pelos provedores. Mas se você digitar o nome de alguém (e quanto mais famoso ou interativo for, mais arquivos) em um site de busca, lá estão dados como nome completo, concursos que fez, vestibulares que passou, blogs ou partes de texto do indivíduo copiados para outros canais de comunicação.

Nos anos 90, na extinta revista General, o dublê de cantor e produtor musical Carlos Miranda, hoje jurado de um programa de TV, lançou uma idéia bisonhamente intitulada “Igreja Triangular do Resíduo Digital”. Algo como “se torne imortal por aquilo que deixará na net”.



A idéia parece estranha, mas no final dessa década, os japoneses lançaram um anime (desenho animado oriental) chamado Lain, onde uma adolescente morta misteriosamente, começa a enviar e-mails para suas amigas de escola, descrevendo sua vida após a morte, na wired, como uma forma de se tornar eterna. Assombroso e polêmico, o anime que trata a cultura do suicídio no Japão fez grande sucesso em todo o mundo.

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