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quinta-feira, 17 de maio de 2012

O diretor


Arnaldo Belotto
fez seus estudos entre 2004 - 2006 na Academia Internacional de Cinema, com especialização em Direção, roteiro e edição onde realizou vários trabalhos de destaque. Em 2006, atuou como presidente da Associação Kino-GlaZ - Sesc da Esquina - onde foi curador e realizava estudos sobre o cinema. Hoje, atua como sócio fundador da produtora Destilaria do audiovisual (PR).


TRABALHOS

2009
Happy Isles. Documentário (HDV) Direção, Fotografia e Edição.

2008
Tempo de cinzas. Documentário (HDV). Direção, Roteiro e Fotografia.

2007
Luce delle tenebre. Ficção (HDV). Direção, roteiro e edição.
Casa de Noé. Documentário (DV). Direção, Fotografia e Edicão.
O Batismo. Documentário (DV). Concepção.

2006
Sensorial. Documentário (DV). Direção, Fotografia e Edição.
Espírito da Contradição. Documentário (DV). Direção e Edição. (co-direção com Fernando Severo)

2005
O Cobrador. (DV). Direção.
Contralzerros. (DV). Direção.
Amor e Delirio. (DV). Direção e Roteiro.

OUTROS TRABALHOS

Videoclipes
Lenzi Brothers (SC) – Allana – Direção - 2min – 2008 – exibido na MTV
Charme Chulo (PR) – Mazzaropi Incriminado – Direção – 2008 – exib. na MTV



SickSIckSinners (PR) – Beer and flach meet – Direção - 2008 – exibido na MTV
Faichecleres (SP) – Seu Cafajeste – Direção - 2007 – exibido na MTV



Kings Of Convenience (EUA) – The build up – Direção – 2007
Faichecleres (SP) – Alice D – Direção - 2006 – exibido na MTV
Anacrônica (PR) – Vestígios – Direção – 2006
Anacrônica (PR) – Deus e os Loucos - Direção - 2006

especial  filme Eva, por Vanda Moraes

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

AGORA VAMOS FALAR DOS PROJETOS


Mandala conta com a força e apoio de muita gente: Jopa, bichos-grilos, daimistas e especialmente dos membros do GEAE - Grupo de Estudos de Agricultura Ecológica da UFPR. A ideia é fazer daquele espaço, em São Luiz do Purunã, uma espécie de parque Agroecológico, referência de sustentabilidade e redução de impacto na natureza. Pra isso, Mandala está se reunindo com prefeitos e autoridades da região. Negociando com empresas como a Itambé Cimentos - visível ali do alto da montanha -, a revitalização da estradinha que dá acesso ao Cristo de Balsa Nova.
E as expectativas são boas, muitas empresas estão a fim de ajudar. No Paraná, por exemplo, existe o Condomínio da Biodiversidade que apóia projetos de preservação da natureza.  Mandala sonha com a licitação do restaurante do Cristo. Aproveito aqui para parabenizar os cozinheiros da turma. Em geral, as refeições foram maravilhosas: salada de frutas com mingau e amendoim no café, polenta com carne de soja no almoço, e sopas pra saborear na fogueira. Ah, e tortas de banana com açúcar mascavo que caem bem a qualquer hora do dia.

Parceiros do GEAE

Dentre os parceiros de Mandala está o Grupo de Estudos de Agricultura Ecológica – GEAE é uma ONG de 25 anos que faz “miséria” com seu terreno de 1000 metros quadrados no setor de ciências agrárias, da UFPR.

Existe um plano de fazer uma Bio-construtora com os membros do GEAE, pra dar uma oportunidade de emprego pra gente que não pretende atuar no sistema tradicional do agronegócio. E a rapaziada do GEAE tem até uma Bio-construção em seu terreno, a “Ecobaia”, feita de barro socado e tecnologia super adobe.




Na sede do GEAE você encontra: aroeira, araucária, amora, amora silvestre, angica, cedro, pau brasil, imbuia, guapuruvum, araçá, pitanga, uva do Japão, melancia, maracujá, laranja, limão, figo, maça, pêssego, uva, abacate,  mexerica, banana, ingá, mamona, mandioca, babosa, pata de vaca, orégano, manjericão, manjerona, hortelã, confrei, rami (rasteira), salsinha, cebolinha, cheiro-verde, coentro, endro, alecrim, salvia, osmari, hortelã, erva-doce, folha gorda, mentruz, pulmonária, confrei, açafrão, maria-pretinha, brócolis, cebolinhas, couve-flor, espinafre, alface, rúcula, repolho, agrião, feijão (fava, de porco, carioca, guandar, fava rajada), taioba, papiro, mil folhas, tremoço, café, tomate cereja, bambu (3 tipos), batatas, batata yacon, berinjela, cará, dedalero, milho avati, orapronobis, abobora, pimenta, cana-de-açúcar, chuchu, çaijuçara, pimenta, babosa, Cosme, planta carnívora, bromélia, orquídeas, coró, besouro, minhoca, baratas, joaninha, pulgão, aranhas, formigas, cupins, galinhas, ratos, passarinhos, canarinhos da terra, tucano, papagaio, 7 cores, andorinha…


Uma variedade incrível por espaço, fora um monte de bicho grilo.  Mas não sei bem direito como o mercado de trabalho vai aproveitar esta rapaziada que está na “vanguarda” do curso, desenvolvendo a Agroecologia. Pois segundo o estudante de Zootecnia, Rafael Cabreira, mais conhecido com Pumba, “o GEAE é o avesso do que eles ensinam no curso de agronomia”. Mas ainda segundo Pumba, “a gente só quer o mundo melhor …começando pelas galinhas”. Pra isso o pessoal criou um banco Germoplasma. Calma aí, deixa explicar, na prática, eles cruzam vários tipos de frangos, melhorando a genética dos frangotes pra depois espalhar por aí.

Mas não podemos dizer que a Agroecologia está abandonado. Ao contrário, o Governo do Estado do Paraná tem até uma secretaria, a CPRA, pra cuidar destes assuntos. Tanto que em novembro vai acontecer aqui em Curitiba o CBA - Congresso Brasileiro de Agroecologia. E o pessoal do GEAE foi escalado pra receber os participantes. Tomara que até lá o “parque Agroecológico” esteja funcionando. Assim o pessoal do evento poderá provar a torta de banana do Mago Kin-Tao.

Aho!!!

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

RECORTE DO CINEMA PARANAENSE

Satori Uso

parte 2


por dia. 12/01/2009 por Vanda Moraes - vandymoraes@yahoo.com.br

Em “Booker Pittman”, o curta que ganhou cinco prêmios no Festival de Gramado, Rodrigo Grota passeia pela vida de um músico americano dos anos 50. A fotografia, assinada pelo próprio diretor faz com que o expectador siga a luz em direção a essência do jazz. Segundo Grota a intenção deste filme, bem como de todos os outros que produziu até agora, não é filmar a biografia dos personagens, mas sim captar fragmentos de sua trajetória e de sua personalidade.


A produção dos filmes é feita de maneira quase artesanal. Permite uma viagem pelo tempo e espaço filmado. “Booker Pittman” reconstitui em suas cenas, Dallas de 1920, Nova York de 1930 e Londrina de 1950 com uma fidelidade assustadora. Os planos bem encadeados com os depoimentos permitem um envolvimento mágico com o objeto filmado.

Os filmes de Grota são feitos com uma equipe de dez a quinze pessoas, sendo que dentre estas, pode-se encontrar tanto profissionais da área cinematográfica quanto amadores envolvida em todas as etapas de produção. Todos os filmes são produzidos pela Kinoarte, empresa da qual Grota é colaborador, alguns com apoio do poder público e outros com recursos próprios. “Quando temos apoio local, contamos com patrocínio da Prefeitura de Londrina, via PROMIC - Programa Municipal de Incentivo à Cultura. Recentemente aprovamos um filme em um edital federal organizado pelo Ministério da Cultura.”, afirmou Grota.

A distribuição dos filmes é a etapa mais complicada para os cineastas paranaense, estado ainda considerado periférico na produção cinematográfica, apesar de iniciativas bem sucedidas como o Filme “Estômago” do realizador Marcos Jorge e o mais recente “Mystérios” de Beto Carminatti. A exemplo destes e outros realizadores locais, Rodrigo Grota se utiliza das leis de incentivo e de seus próprios recursos para a viabilização de seus projetos. Para a distribuição dos filmes, Grota ainda não conta com captação de recursos.

Os filmes são distribuídos pela Kinopus Audiovisual. A empresa divulga os filmes em sua homepage e agiliza os contratos de exibição. A produção de Grota está disponível apenas no território nacional. Recentemente uma distribuidora americana e uma espanhola entraram em contato com o diretor com a proposta de assistir ao curta Booker Pittman. Segundo Grota estão sendo efetuados contatos para a distribuição em Los Angeles e Barcelona. O curta “Satori Uso” foi lançado nacionalmente pela Programadora Brasil, um projeto Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, desenvolvido por meio da Cinemateca Brasileira e do Centro Técnico do Audiovisual.

Enquanto as parcerias de distribuição são esparsas ou inexistentes, a ferramenta mais utilizada para levar os projetos ao grande público é a internet. Segundo Grota, a web ainda é a maior vitrine de seus filmes, os quais estão disponíveis no Kinoarte Channel e no canal da kinoarte no youtube. Além disso, o realizador participa de blogs e discussão na internet e colabora com a Revista taturana


Outro método de distribuição utilizado são os festivais e mostras cinematográficas. “O papel dos festivais é fundamental. Sem os festivais não existiríamos para público algum”, afirmou Grota. O Festival de Gramado proporcionou uma boa visibilidade do curta “Booker Pittman”. Neste ano a Kinoarte realizou a décima edição da Mostra Londrina de Cinema em parceria com a prefeitura Municipal de Londrina. Em dez anos a Mostra exibiu cerca de 500 filmes em 30 pontos espalhados pela cidade de Londrina e região, atingindo um público de mais de 30 mil expectadores. Além disso, a Kinoarte realizou a Primeira Mostra Marília entre os dias 30 de outubro e dois de novembro.

A Mostra Marilia faz parte de das novas diretrizes da empresa, que visa contribuir para a difusão do cinema não somente no Paraná, mas também no estado de São Paulo. Foram exibidos 50 filmes entre curta e longas-metragens, sendo que o destaque foi a primeira exibição, em Marília, do filme “Pé de veludo”, do realizador mariliense Eduardo Reginato. “Pé de Veludo” foi filmado em 1996 e conta a história de um bandido que ficou famoso na região após formar uma quadrilha com seus irmãos, na década de 60.
Segundo Grota a resposta do público para os seus filmes geralmente é positiva. O público em geral pode ter acesso total aos materiais pela Web. Em DVD, os filmes estão disponíveis pela Kinaorte ou pela
Programadora Brasil. O trabalho do realizador, apesar de contar com mais de 20 curtas, ainda não é muito difundido ao grande público. Isso se deve ao fato de a mídia paranaense não disponibilizar o espaço devido às produções locais. Os trabalhos são bem divulgados na região de Londrina, mas no restante do estado só recentemente ganhou alguma visibilidade.

Isso também acontece com o reconhecimento da obra. Na região de Londrina há um reconhecimento, sendo que em escala nacional o trabalho só é parcialmente reconhecido. Isso ocorre de forma efetiva em um publico mais especifico. Entre os críticos e realizadores as produções de Grota já são bem conhecidas e difundidas.

Rodrigo Grota está desenvolvendo vários projetos em 2009. O realizador finalizou curta chamado “Fim da Linha”, em parceria com 20 alunos na Lapa, PR e irá rodar “Pausa para a Neblina” no primeiro semestre de 2009. O curta “Maria Angélica”, de Francelino França, está sendo finalizado e deve estrear no primeiro semestre do próximo ano. Também em 2009 pretende rodar o primeiro longa-metragem de sua carreira: “Tango, Chuva e Silêncio”, um projeto que vem sendo desenvolvido há alguns anos.

Grota é um dos mais jovens realizadores paranaenses e vem desenvolvendo uma produção bastante linear, além de outros projetos paralelos como as mostras e festivais. A sua avaliação do próprio trabalho consiste simplesmente em uma frase: filmes “incompletos”.
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O MEMBRO



pub. dia 07/01/2009 por Leandro Hammerschmidt

“O Membro” é um dos melhores filmes dos últimos tempos. E me pergunto quanto deve ter custado? Quase nada! É o que chamam de filme Trash - muito sangue, carne, maquiagem e efeitos especiais baratos, mas não menos interessantes. Mas recomendo este filme pelo excelente roteiro (sem falar na atuação do Roli). Claro, além de apreciar muito os já citados efeitos especiais - que se tornaram a especialidade do meu amigo Eduardo Rohn da eedstudios.

Conheço um monte de gente que participou deste filme e aproveito este post para dar parabéns e mandar um abraço pra eles: Eduardo Rohn (roteiro), Igor, Leonardo Bonassoli, Roliudi e/ou Thiago Luiz da Costa Martins (no papel principal), a gatísssima Luiza Desiderá (que levou um apertão), Juliana Bruske, Mariane Conceição Mendonça (direção), e também para os que não conheço: Karina Yoshizawa, Priscila Bruske, Bruno Brasil, Fábio Becker.

Confira este filme que é foda! E saiba que não é só minha opinião. Meu pai acha que “o Membro é perfeito” e o pessoal do Fiz TV deu pros caras o prêmio de melhor filme trash de 2008.

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terça-feira, 8 de novembro de 2011

A REINTEGRAÇÃO DE POSSE



Dia 23 de outubro de 2008 a polícia militar do Paraná foi cumprir uma ordem de reintegração de posse num terreno da Rua João Dembinski, no bairro Fazendinha. A ocupação do terreno foi feita no último feriado de sete de setembro, durou 45 dias, juntou mais de mil famílias e parecia “um zoológico aos domingos”.

Mesmo sem saber que o Secretário de Segurança do Estado, Luis Fernando Delazari, costuma convidar a imprensa pra acompanhar reintegrações de posse, a equipe do Jornal TiraGosto foi lá e conversou com algumas pessoas durante a operação.



Chegamos lá pelas nove da manhã, por trás da ocupação, um pouco antes de um grupo da RONE – a polícia ostensiva, grupo que deu uns tiros de borracha pro ar e logo saiu. Depois da saída da RONE um policial militar bigodudo tranqüilizou o pessoal falando assim: “oh, pode ir lá retirar as coisas agora”. Descobri que a partir daquele momento os ocupantes do terreno tinham até às 14 horas pra arrumar sua mudança e sair do lugar.

O pessoal ainda não sabia que algumas dezenas de caminhões tinham sido contratados pelo dono do terreno para levar os colchões, madeiras, tv´s, pias e máquinas de lavar daquele povo. Mas esta informação não ficou clara, pelo menos para os moradores da região onde estávamos (na parte de trás da ocupação). Talvez esta incerteza, misturada à raiva e orgulho, tenha feito a maioria das pessoas juntarem suas tralhas e meterem fogo nos barracos. Alguns policiais militares mais prestativos tomavam também a iniciativa e metiam fogo ajudando a desocupar mais rápido a área. Alias, nunca tinha visto tanta polícia reunida na minha vida antes, quase mil policiais.

Servir e proteger - Sebastião da Veiga, um pai de família, e seu filho de 17 anos levaram umas cacetadas de um grupo de PM’s porque falaram pra eles “não queimarem a casa da senhora” que ali não estava. Mas a polícia não gosta de conversar em serviço e bateu em Sebastião, no seu filho (que entrou no meio) e ainda tentou agredir sua mulher. Além do braço enrolando na toalha verde, o orgulho de Sebastião também ficou ferido. “Nem do meu pai eu apanhei quando era criança pra chegar um filha da puta me bater”. Quando vi seu braço machucado e também machucada as costas do seu menino pensei “que merda tudo isto! No fundo os policiais são iguais a gente e nem se dão conta quando vestem a farda”

Pra você faz sentido passar por cima das pessoas por causa de terra? Pra mim não. Ainda mais se tratando de terras de um grupo que (não sei se ainda) tem a maior fazenda do mundo. Mas não posso culpar o grupo CR Almeida pelo sistema que permite acumular muitas terras e propriedades e riquezas em poucas mãos. E nem culpo os policias militares por estarem cumprindo uma obrigação.



O resultado da reintegração de posse teve uma repercussão negativa na imprensa, principalmente para a polícia militar do Paraná: dois comandantes foram afastados dos seus cargos pelo secretário Delazari e isto gerou revolta nos policiais. Afinal eles estavam cumprindo ordens. E “a Lei é montada é de maneira que garanta a ordem. Não tem a ver com justiça, nem nada. E, se for necessário usar violência pra manter a ordem: azar de quem acorda fora da lei”. Então paciência.

Fora pequenas coisas como “pequenas” agressões. Não vi a polícia cometendo tantos abusos de poder nesta reintegração - tomando como parâmetro histórias sobre ditaduras e outras polícias. Na verdade, acho que a polícia é um retrato da sua sociedade. “dê poder ao homem que ele se revela”. E aqui foi triste perceber que da Carta de declaração dos direitos humanos o artigo 17 “o direito a propriedade” continua sendo o mais respeitado.



Ver a polícia marchando pra cima de mulheres e crianças é uma tristeza. Os valores morais da gente são destruídos quando um homem vira máquina incapaz de conversar. A parte social nem se fala quando se opõe a interesses econômicos e políticos. É a tal ética política, administrativa. Mas vou te contar: é triste ver um homem deixar de ser cavalheiro e partir pra cima de mulheres. Um homem deixar de ser pai ao descuidar do filho dos outros.



Repito: não saiu tanta gente ferida desta operação, até onde sei nenhuma morte confirmada, a violência física não foi o maior problema. O terrível pra mim foi constatar que o Estado (a estrutura voando a 0,5 cm da terra) é contra o povo. Então, compreendo a revolta dos policiais militares que levaram a culpa na história – por causa da represália da imprensa e do próprio Secretario Delazari que afastou os comandantes da operação.

Todo mundo chutou a polícia, mas ninguém contestou o lugar sagrado da propriedade privada. Assim, a parte operacional foi super valorizado, pra apagar a questão econômica, social e política que fez tudo mudar rapidamente. É só lembrar que há poucas semanas o voto de cada uma daquelas pessoas valia a mesma coisa, e foram assediados. Agora na reintegração de posse eles deveriam ser arrancados do terreno a todo custo, sem nenhum valor.

LH.


A REINTEGRAÇÃO DE POSSE II – DÚVIDA CRUEL



Acho que dá pra fazer uma pergunta, pelo menos, uma reflexão: por que não tiraram o pessoal antes das eleições?

1)Porque o voto do pobre vale a mesma a coisa. Vale um - igual a gol feio. O povo é a maioria. Mas é sempre levado na palma da mão – se engana e é enganado. Às vezes dá uns golpes de malandro pra comer.

Às vezes manipula, quase sempre é manipulado. Massa de manobra. Sem cara, o povo são os outros. Penso feio, desdentado. Mas vota sem muito querer. Eu também. Porque é uma obrigação fundamental pra continuar este jogo.

Orientação política - Perguntei sobre a orientação política e a moradora Patrícia Patrício me contou que “passavam ali pedindo pra votar no Beto Richa” Quem pedia? Os próprios moradores. Hum. Outro Morador Edson Luiz da Conceição arriscou dizer que ali foram “três mil votos pro Beto”. Em contrapartida, um dos caminhoneiros me disse que quando “estourou” um barraco saiu voando um monte de santinhos da Gleisi Hofman, candidata do PT a prefeitura de Curitiba.

Nosso cinegrafista André Domingues, que inclusive é militante do PT, esteve na ocupação antes das eleições e me garantiu que não ficava claro pra quem era o apoio político das pessoas da ocupação. “Não tinha bandeira, nada”. Alias pra ele o negócio estava “estranho” até porque não tinha vamos dizer assim “uma liderança, uma organização”. Nenhum Juvenal Antena que fosse.

Descobrimos que lá tinha uma ONG, a União da Moradia Popular, cadastrando as pessoas. E também ouvi sobre três advogados, não sei se agiam juntos, que pediram documentos e 100 reais por família pra tentar regularizar a situação. Ouvi também que a turma, no fervo de quinta-feira, saiu correndo pra pegar um advogado. Mas não pude confirmar.

Não dá pra simplesmente dizer que este pessoal é massa de manobra e/ou que só tinha gente rica ali. Tinha gente rica ali. Tinha traficante. Tinha gente que não precisava. Alias muito terreno foi vendido. Mas é verdade também que muitos não tinham onde morar. Eis a questão: estavam ali ocupando aquela terra.

NOSSAS DIFICULDADES
A cada dia que passa fica mais difícil o trabalho do jornalista. Todo mundo sabe de tudo! É muito fácil a gente bancar o idiota. Mesmo porque você escuta cada coisa, inclusive nomes soltos pra te manipular. É informação de todo lado, por exemplo, se fossemos na conversa do povo “morreu um bebê pisoteado, um cara fuzilado e jogado no riozinho, um bêbado queimado” e por aí vai. A mulher da SAMU confirmou o atendimento a quatro pessoas. Um policial mais calmo me disse que tudo correu bem.

HISTÓRIA E CONSTRUÇÃO DO DESTINO
Nos fundos da ocupação vimos alicerces de uma construção da época de 1998. Descobri que naquele pedaço estava morando (por mais uma vez) a família Patrício. Mais uma vez por quê?! Segundo Patrícia Patrício e alguns irmãos presentes ali, o avô deles, Antonio Patrício do Santos, morou por quarenta anos naquele mesmo pedaçinho de terra. Até que em 1998 foi retirado por jagunços, teve sua casa queimada e teve de abandonar o terreno – um pedaçinho lá nos fundos da ocupação. Dois anos depois o velho Antônio morreu de desgosto.

A família Patrício garante que nada será feito no terreno desocupado porque ele está todo enrolado, impostos e mais. Outros ocupantes acham que daqui um ano ali será um condomínio de luxo - e que eles só foram deixados até aquele momento pra limpar e desmatar o terreno: poupando algumas multas e preocupações pra imobiliária.

Ahh, um cara, que não quis se identificar, me mandou (com toda sinceridade) perguntar se eles vão ser “ressarcidos pelo trabalho de limpar o terreno e cortar árvores?”. Disse pra ele que “não, nem a pau Juvenal” e pra ele tomar cuidado porque um cara lá na rua até falou assim pro nosso cinegrafista, André Domingues, (que filmava a mão de uma menina que o cachorro mordeu); “você fica filmando as pessoas né!? vai filmar as árvores que elas derrubaram!”.

Está certo que Curitiba já foi capital ecológica. Mas o cidadão que mandou o André filmar as árvores não deve saber que Curitiba agora é a “Capital Social”.

OUTRAS HISTÓRIAS



Já no começo, ainda no asfalto, ouvi um negro alto falando da história de uma bêbado folgado que passava bem perto do pelotão da RONE, que vinha com cachorro e tudo, quando levou uma mordida na bunda e acabou pendurado na boca do cachorro. Foi exagerado. O mesmo cara mostrava um vergão nas costas que, segundo ele, eram estilhaços de bomba ou de bala, sei lá.



Depois conheci o cara do cachorro. Descobri que ele perdeu “uma geladeira e três quilos de pinga”. Os amigos ainda o recriminavam por ter matado o cachorro com a mordida. Como dizem seria cômico, se não fosse trágico.

Quem quiser conhecer esta e outras figuras é só ir lá na rua Rua João Dembinski s/nº.

pub. dia 27/10/2008 por Leandro Hammerschmidt e equipe: Bianca H., Rodrigo Choinski e André Luiz Domingues

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

JACKSON SARDÁ ESTÁ DE VOLTA

O cara passou não sei quanto tempo em Jerusalém, mas antes de ir pra lá fez o vídeo Transtornos. De volta à Curitiba, Jacks vem pra soltar os bichos:




As imagens são de Eduardo Rohn da eedstudios e Igor. Com elenco reduzido, poucas locações e sem muita frescura: a produção saiu em conta. Pra ser sincero trata-se de um vídeo caseiro mesmo: sem dinheiro, spot de luz nem nada. Pra fazer Transtornos bastou Jackson Sardá sentar no escorregador e trabalhar pra câmera seus vinte e poucos (quase 30) anos de neuroses.

Destaque para a participação especial de Mãozinha (aquele que vem com pílulas filosóficas) e para a edição do Eduardo.

pub. dia 09/10/2008 por Leandro H.
pra contextualizar: Jackson Sardá é jornalista, atleticano e onanista, mora em Curitiba e deve se tornar nosso colaborador

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VOCÊ... VOCÊ E TODOS VOCÊ

José Mojica Marins está chegando a Curitiba para dar uma oficina de Cinema Marginal no domingo (12). Ele mesmo, Zé do Caixão, o homem que deu jeito no Bebê Diabo do Notícias Populares está chegando aqui pro 3º Festival de Cinema do Paraná.




Sexta-feira (10), às 20hrs no Museu do Olho (Curitiba) será exibido Encarnação do Demônio, o mais novo filme do Mojica. E esta é só uma das várias atrações deste Festival (que rola de 6 a 12 de outubro/2008) e tem sido assim: de manhã curtas e debates; tarde retrospectiva Glauber Rocha e Dino Risi; noite curtas e filmes inéditos lá no Olho (e de graça). Confira a programação no site do Festival.

Quem não for nesta sessão sofrerá com alguma praga do homem.

(pub. dia 08/10/2008)

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NÃO DÁ MESMO PRA AGRADAR A TODOS

José Saramago tinha medo que seu livro caísse em mãos erradas, mas gostou da adaptação do “Ensaio Sobre a Cegueira” feita por Fernando Meirelles, o diretor de Cidade de Deus



pub. dia 03/10/2008 por Leandro Hammerschmidt

Agora quem não gostou nada do “Blindness” foi a Federação de Cegos dos EUA que pede boicote ao filme.

Sinceramente não era pra tanto, está certo que o filme é beeem forçado em algumas partes, por exemplo: 1) o machucado que necrosa a perna do cara 2) a cena que as mulheres marcham pro estupro e os maridos nada fazem. Poxa o cara do outro lado só tinha uma arma (um cego com revólver é pouco), não dá pra acreditar, nem mesmo em filme – está bem, pode me dizer que era uma metáfora. Aqui preciso confessar que não gosto muito das parábolas do Saramago, sei que ele é uma boa pessoa e até já troquei duas palavras com ele quando veio a Curitiba.

Mas para Marc Maurer, presidente da Federação Dos Cegos dos EUA “mostrar os cegos nas telas americanas um pouco melhor do que animais reforçará temores infundados e os estereótipos do grande público sobre a cegueira”. Saramago certamente não tinha esta intenção com o livro “Ensaio Sobre A Cegueira”. Creio que Fernando Meirelles também não tinha intenção de reforçar estereótipos negativos. Não mesmo, só pela cara de preocupação do Meirelles em agradar o Saramago já dá pra sentir o cuidado que ele teve pra fazer este filme. Sei lá se a Federação de Cegos Americana não esta pegando no pé ao sugerir o boicote. Se bem que polêmica pode trazer público. E lá dentro da sala de exibição é outra história, como disse Meirelles (no bate-papo do UOL) a pessoa que “vá pela sua cabeça, veja o filme e tire suas conclusões”.

No final esta polêmica vai trazer público, eu sou um: só escrevi por causa da confusão. E outra, não tenho certeza se teria tanta reclamação caso o filme fosse mais apelativo e descuidado (tipo um Resident Evil, com cegos-zumbis e tudo). Mas não é justo acusar o Meirelles, ele foi pelo caminho do Saramago. Tanto que a história é forçada em algumas partes – justamente por ser uma parábola.


O filme tem cenas emocionantes, trágicas e até engraçadas; os personagens têm defeitos e qualidades, no elenco gente nova e bonita + Juliane Moore e Glover. Sem falar nos efeitos de som, fotografia e até das legendas. Posso dizer que o filme tem alguma coisinha brasileira, mas não muito. Aliás, este filme até parece produção Hollywoodiana, mas na verdade é uma produção Brasil-Canadá-Japão; distribuído pala Miramax, rodado em Sampa, Canadá, Japão e no Uruguai se não me engano. Bem interessante envolver orientais: abre um mercado enorme, veja Lost e até o Manchester United conta com um Korean e Chinese em seu time.

Mas este coisa de juntar gente e grana de todo lado tem lado bom e lado ruim. Sei lá, parece bobeira, mas penso que se o diretor não tem personalidade forte ele perde o filme por causa da grana. Mas isto não depende da nacionalidade ou dos produtores. Depende da estima do cara. E Meirelles está bem!

Mas sinceramente gosto mais dos docs brasileiros que dos últimos filmes. Um legal foi o “dois filhos” co-produção da Globo filmes-Conspiração-ZCL-tristrar, mas coisa sertaneja no Brasil é sucesso garantido! Daniel Filho ficou cheião com as bilheteiras da Globo Filmes. E cinema é pra mala mesmo. Glauber Rocha foi respeitado dentro e fora do país levando a coisa (com ou sem lógica nas cenas e montagens) sem perder a liberdade. E a mala. Os caras de hoje se preocupam demais com o profissionalismo, com técnicas e parecem que tem medo de aparecer. Muita humildade faz mal pro artista, ninguém deveriam perder o orgulho, senão abre pra tudo. Imagino que numa produção a La Hollywood fica difícil ter liberdade (pra se enforcar até), visto que se alguém investe é pra ter retorno. Até dá pra conciliar. Chato é quando só a grana interessa, não tem vaidade, malice, onda, nem nada.

É difícil agradar a todos. Mas o momento é favorável (”ou o mundo se brasilifica”). A nossa universalidade é natural, é característica, mas acho que não precisamos perder a malice (a), a ironia, o brasileiro, os bandidos, aranhas e o histórico de chanchadas em nome de uma produção e distribuição da americana. Agora que chega mais uma vez “a nossa vez” (o que é Alice Braga?) devemos abusar! Veja comigo: se os europeus cansaram dos filmes de arte a ponto de dar o Urso de Ouro pro Tropa de Elite do José Padilha (que é um filmasso de ação pra passar na tela-quente, mas que não é nada de sociologia do crime como quiseram entender uns por aí) é porque alguma coisa mudou. O Urso veio porque os europeus não quiseram e não querem dar o braço a torcer pra Hollywood, mas também querem mudar; e por isso cabe premiar um filme de fora que tira ondinha com narrativa americana.


Liberdade pra inventar, criar e montar. A produção independente cresce. Os Docs do Brasil estão na ponta, tem uns até que sabem caçar prêmios. Mas quando se trata de cinemão fica difícil reinventar a roda, existe uma tradição de narrativa americana e vai bem. Só morreu a voz dos trailers estes dias. Mas o mundo inteiro usa aquela manha do Slash (de começar a música com um riff matador) e o não Blindness não seria diferente: começa a mil por hora, assim como o Tropa de Elite naquele tiroteio inicial. Ainda bem que em alguma parte o filme dos diretores brasileiros amolece e daí abre espaço pras sentimentalidades (nossa herança lusitana); o vilão e o mocinho se diluem. Aparecem mais as coisas humanas (em contraposição aos fetiches), os sentimentos, as contradições, coragens, fraquezas, a graça, a sexualidade e a malandragem do cego ladrão que apalpa os seios da Alice Braga na fila indiana.

Meirelles você é um bicão! Fique tranqüilo, você já agradou o Saramago, ganhou seu troco, fez um filme branco e legal. Nem esquente, pois os cegos americanos nem vão perder emprego nem nada. Pra falar a verdade acho que nem verão o filme (que piada infame). E se reclamaram, creio que foi motivado pelo título Blindness (Cegueira), que não é sutil como um Ensaio sobre a cegueira (puro conceitual ismo). Mas você também é publicitário e sabe o que faz. Deixa os caras reclamarem, como você disse “ou ama ou odeia o filme”. Continua nessa, com o Tropa deu certo.

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p.s. esta confusão me fez lembrar Turistas - um exploited passado no Brazil, onde turistas acabam assaltados, drogados e vítimas de uma quadrilha de órgãos, no melhor estilo lenda urbana. Mas quem viu Turistas? Quem deixou de visitar o Rio de Janeiro, tomar caipirinha e desfrutar das nossas delícias depois de assistir Turistas? Ninguém. Foi só fumaça.

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BOCA DO PALHAÇO - A CRISE DOS ALIMENTOS




Existe uma crise alimentar?

Sim (até abril pelo menos). Pois segundo Célio Porto, secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, esta crise existe por três motivos principais “o aumento do consumo na Ásia, quebra da safra por problemas climáticos em alguns países e utilização crescente de alimentos como o milho e oleaginosas na fabricação de etanol nos Estados Unidos e na Europa”. Ainda de acordo com Porto, pelo menos 104 milhões de toneladas da safra norte-americana (37% por cento do total) serão transformadas em etanol neste ano.

Em 2007 a Europa usou quase oito milhões de óleo comestível para a fabricação de biodiesel e os EUA mais 1,7 milhão, ou seja, quase 10 milhões de toneladas de óleo comestível transformada em biodiesel. Somando milho e soja o consumo para bicombustíveis será de 155 milhões de toneladas/ano a partir de 2008/09. Pra você ter um paralelo a safra brasileira deste ano pode chegar a 142 milhões de toneladas. E isto é um recorde.

Com a queda nos estoques dos alimentos, naturalmente, os preços sobem. E até o povo brasileiro fica preocupado, não tanto pelo milho, trigo, soja, mas pelo arroz que é base da alimentação em nosso país e outros países pobres. Mas de acordo com especialistas os países mais ricos investem cerca de US$ 1 bilhão por dia em subsídios. Esta política de subsídios (praticada há décadas) junto com as barreiras protecionistas causaram desequilíbrios na agricultura mundial. Segundo Célio Porto “se os subsídios e barreiras fossem reduzidos haveria mais produção de alimentos e bicombustíveis no mundo”.

Amedrontados com a alta nos preços dos alimentos muita gente acusa a produção de bicombustíveis. Entretanto, o etanol brasileiro é feito a base de cana-de-açúcar e não entra em conflito com a produção de grãos. Segundo Célio Porto, o Brasil pode aumentar sua produção avançando em áreas subutilizadas pela pecuária de corte, por exemplo. Mas como o povo entende esta crise? Será que ainda existe uma crise ou este assunto já passou e nosso jornal comeu bola? Será que o papo do Brasil agora é aquela camada pré-sal?

O Palhaço Amarildo durante a gravação do seu programa piloto saiu correndo atrás de sua alimentação e no caminho colheu várias opiniões sobre a tal crise dos alimentos.

pub. 18/09/2008 por Leandro Hammerschmidt – informações cozinhadas da revista Paraná Cooperativo - ano quatro, nº 40, abril de 2008

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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Navegando por aí

Todas as religiões buscam explicar o que ocorre após a interrupção de nossas funções vitais. Céu, inferno, paraíso com 72 virgens, reencarnações em outros corpos humanos ou animais; retorno ao cosmo, diversas explicações que se amparam em uma crença não-lógica, que não podemos racionalizar, pois até onde sabemos cientificamente, nunca alguém retornou da morte para contar como é do “outro lado”.

Mas existe vida após a morte?

Não podemos responder isso, mas podemos afirmar que existe vida online após a morte.


Já se perguntaram o que ocorre com os arquivos virtuais depois que as pessoas morrem? A maioria deles, após um tempo de uso é desativado pelos provedores. Mas se você digitar o nome de alguém (e quanto mais famoso ou interativo for, mais arquivos) em um site de busca, lá estão dados como nome completo, concursos que fez, vestibulares que passou, blogs ou partes de texto do indivíduo copiados para outros canais de comunicação.

Nos anos 90, na extinta revista General, o dublê de cantor e produtor musical Carlos Miranda, hoje jurado de um programa de TV, lançou uma idéia bisonhamente intitulada “Igreja Triangular do Resíduo Digital”. Algo como “se torne imortal por aquilo que deixará na net”.



A idéia parece estranha, mas no final dessa década, os japoneses lançaram um anime (desenho animado oriental) chamado Lain, onde uma adolescente morta misteriosamente, começa a enviar e-mails para suas amigas de escola, descrevendo sua vida após a morte, na wired, como uma forma de se tornar eterna. Assombroso e polêmico, o anime que trata a cultura do suicídio no Japão fez grande sucesso em todo o mundo.

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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

HOMENAGEM AOS JAPONESES

Em homenagem ao centenário da imigração japonesa, um pouco atrasado, resolvi publicar a dança mais leve e harmoniosa que já assisti. Quem presenciou e fez o vídeo foi meu meu amigo Eduardo Rohn da eedstudios junto com nosso amigo Igor durante as gravações de Specto Sam.

Ainda em clima de homenagem gostaria de dizer o grande apreço que tenho por desenhos em dois planos, imagens chapadas, como se fossem desenhos subindo a folha e não entrando, como se fossem feitos por crianças - mais interessantes que qualquer ilusão de perspectiva. E este tipo de desenho é dos japoneses, assim como a organização dos tatames e biombos.

Porém não vou agradecer pela tecnologia dos robôs, a tradição, o chá verde, o sushi e nem pelo beisebol que eles trouxeram para o Brasil já no navio Kasato Maru em 1908. Mas sim pelas lindas mestiças que aqui nasceram, com todo respeito. Pelo bizarro da pornografia japonesa e também pelo mestre Paulo, ninja brasileiro, que me ensinou alguma coisa do ninjutsu quando ainda era uma criança alucinada pelo fantástico Jaspion, pelo Ultraman e por Jiraya, o incrível ninja.

Japoneses é pra vc´s que ofereço este mestre da simpatia, calma, samba e harmonia:




Arigatô, arigatô!

pub. 14/08/2008

BOCA DO PALHAÇO - VINHETINHA

Amarildo, o palhaço doidão da rua XV, está em todas. Em breve você verá o novo dono da boca em ação aqui no Jornal TiraGosto.
Enquanto isto, dê uma olhada na vinheta do programa Boca do Palhaço dirigido por Franco Caldas Fuchs e editado por Leandro H




Já já você poderá ver o primeiro episódio: “A corrida dos alimentos”. Guenta ai!


pub. dia 01/08/2008