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domingo, 30 de junho de 2013

nOVA


arte para estampar camisa, propaganda torta de cosméticos.

Se gostou, visite o portfólio de Leandro Hammerschmidt (eu mesmo) neste link - lá tem trabalhos de artes gráficas, edição de vídeo e jornalismo também

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

VIENI ALLA NOSTRA FAMIGLIA


o bar Dom MAttoso fica na rua Fernando MOreira, 135,
a rua dos chorões no centro de Curitiba.
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sexta-feira, 18 de maio de 2012

AFORISMOS SEXUAIS

NA CARA DO GOL:
"cú de galega... o pau entra ingual mantega"

REDAÇÃO PUBLICITÁRIA:
"ménage à trois: um cara em cada peito"

CANTIGAS DE MAL DIZER:
"-que vire uma pizza depois!"

ANTI-PROPAGANDA
"gravidez? foda é fralda!"

DOS OUTROS
"É mito afirmar que o homem é uma máquina infalível: - O pênis é apenas um dos mecanismos na interação íntima do casal; uma forma de carinho e comunicação."  dr Calvino C. Fernandes

ROMÂNTICO
"dai a gente enche a cara de vinho, cerveja preta
come uma pizza de tomate seco e vem dormir gordinho"

DA INTERNET
"nossa, como é difícil arranjar mulher nesta sala" 

(05:55:14) pequeña fala para sandersom serio: soy de curitiba ,mas vivo en madrid
(05:57:54) Cu leitado sai da sala...
(06:58:15) RAPAZ SIGILO (reservadamente) fala para Todos: Algum cara ativo e discreto a fim de tc?
(06:00:09) Nádia fala para Todos: Outro pseudo empresário.
(06:01:19) Contém 1 Loira fala para HOMEM NO HOTEL: tudo e vc?

(06:01:34) Maria  fala para Arnaldo: vc e lindo sabiá . e mi deixou cheia de desejo.

(06:02:01) Rigidez Cadavérica fala para Esoterico Curitiba: Este é o novo conceito para escorregar na banana?

(06:02:14) Cowboy fala para Esoterico Curitiba: Saudade daquela época que todas as doenças venéreas se curavam com penicilina

(06:02:17) Leandro 27 fala para Esoterico Curitiba: a prevenção do cowboy é uma mijadinha depois... kkk

(06:02:57) Vaginnas fala para algum militar?: Produtos 99% mais baratos que nas lojas!!! a nova febre da internet: www.leilaonaogora.com

(06:03:57) A VERDADE fala para Todos: ACORDA BRASIL!

(06:04:01) Sinuca Nervosa (reservadamente) fala para Leandro 27: E ai cara, blz
o? tu chegado em sinuca nervosa?

(06:04:11) Olhos Azuis H entra na sala...

(06:04:19) branca fala para Todos: O lacre violado

(06:04:29) Caguei milho entra na sala...

(06:04:47) edivaldo e luzia (reservadamente) fala para Charles, guerreiro: QUERO UM EMPREGO DE CASEIRO PRA TRABALHA NUMA CHACARA

(06:04:55) Chás e Ervas (reservadamente) fala para Todos: Sou Fitoterapeuta e iridóloga especializada nas terapias a seguir: Acupuntura sem Agulhas, Argiloterapia, Cromoterapia, Fisioquântic, DNA (Serpentes da Mãe e do Pai), Fitoterapia, Florais Quânticos, Hidroterapia, Iridologia, Moxabustão, Nosódioterapia, Terapia de Pedras Quentes, Terapia Floral e FTP.

(06:05:05) Mary Lee (reservadamente) fala para Leandro 27: seus lábios são labirintos... churrasquinho irado...

Pitbull cansei, cansei de monte cristo

(06:05:14) Gato Solt discreto fala para Todos: .FETISH INFLAVEIS – num colchao inflavel, colocar o cara na extremidade, enrolar como se fosse um rocambole e eu fosse o recheio do colchao, passando corda em volta, depois inflando co colchao comigo preso ali dentro, usando plug anal. Quando mais inflaveis, mais imóvel eu ficaria, ate eu nao poder movimentar nada do corpo de tao inflado que estaria o colchao. Alguem curte esse tipo de imobilização?,

Pitbull cansei, cansei de monte cristo
(2x)
Era a história de um diretor de TV q recebe autorização pra fazer um filme sobre a morte:

"e assim morremos nós"

durante o filme ele conhece um casal, o homem do casal é doente terminal,

vivem 20 anos casados sem paixão, mas se gostavam e até se davam bem
ele era um tanto frio, mas zelava pela esposa
a morte tem seu lado positivo
a mulher se aproxima mesmo do marido
nos últimos dias de vida
justamente por uma canção q ele solfeja

Pitbull cansei, cansei de monte cristo

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quinta-feira, 17 de maio de 2012

CARTAZ JTG 1

REPLAY LAN: PRA QUEM GOSTA DE REALIDADE VIRTUAL


Amigo leitor, se você gosta de jogos em rede, internet bem rápida e um bom café, teu lugar é na
Replay Lan!


Replay Lan – R. Cândido Leão, 45 – Centro – Ctba-Pr – (atrás do banco do Brasil e perto da Biblioteca Pública do Paraná) Reservas pelo telefone: (41) 3092-0022

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sábado, 5 de maio de 2012

DOMINGO: APRESENTAÇÃO IMPERDÍVEL DA BANDA BIKODOCE

Se você não gosta tanto assim de futebol ou simplesmente não tá a fim de ficar em casa pra ver o empate do atletiba na TV, venha prestigiar a apresentação da banda BikoDoce neste domingo (dia 6 de maio) às 16:30h no Bar da Way (no largo da Ordem).

A BANDA BIKODOCE

A gente (evoluiu do Jornal TiraGosto) e toca músicas próprias no estilo samba punk, rock rock e ladainha cigana.

O LUGAR

O Bar da Way é legal e não cobra entrada, nem couvert. Na verdade, o bar tem outro nome, mas está + conhecido como Bar da Way. O lugar foi construído sobre as ruínas de um pequeno shopping ao lado da Igreja e o palco está bem embaixo do lugar que o Padre dorme.

Pra você que não se localizou ainda, estou falando daquela Igreja perto da fonte de água na frente do cursinho Dynamico.

O lugar é meio aberto, mas fique tranqüilo que domingo não vai chover. A previsão é sol.

DE NOVO A BANDA

Como a gente não botou música na rede ainda, coloquei umas frases que ouvi sobre a banda BiKodoce:

"pode trazer" - disse o dono do Bar sem ouvir o som

"melhor banda do São Braz.... nesse estilo é a melhor, sem dúvida" - Pastor Elias, meu vizinho

"vc´s perderam a vergonha" minha mãe

"são meninos de ouro" um gaiato visionário

"quem quiser aprender a enrola, vem comigo bebe e fuma" - hino do biko

O lugar é bem fácil de achar. O dia é propício. Então não fique domingão vendo o empate no atletiba, e venha curtir "Folia de et´s", "Bruxo do paraguai", 'Blues do cavalo capado", "Tibiquera" ,"Gavião Penacho (satisfaction)", "Pit bull cansei de Monte Cristo", "Quem não beijou, vai beijar" entre outras.

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

UM CARNAVAL DIFERENTE


pub. dia 27/02/2009  por Águia Galáctica ou Leandro Hammerschmidt

A vista é linda do alto de uma montanha em Balsa Nova, início do segundo planalto do meu Paraná. “Daqui dá pra ver bem a babilônia” garante Cachorro Rítmico – um dos rapazes de 20 e poucos anos que fugiu de Curitiba pra se dedicar a plantar, entoar músicas de paz e se abraçar em torno da fogueira. Isso tudo em pleno carnaval, Cachorro Rítmico e um monte de gente reunida no Encontro Consciência Planetária, em São Luiz do Purunã, pra aprender, trocar, reunir e aplicar tecnologias (antigas até), mas que são bem capazes de solucionar problemas ambientais como: a poluição da água, a má utilização dos recursos naturais e a destruição de florestas.

Sem medo de dizer, Terra Galáctica, um estudante de agronomia também conhecido como Fábio Nunes, afirma que ali eles estão na vanguarda. Porque aquela prática de vida sustentável (pra usar uma palavra da moda), ou seja, usar recursos naturais sem esgotá-los “é o que há!”.

Calcule comigo quantos litros de água jogamos fora numa simples descarga? Oito ou dez litros pra se livrar do que o pessoal da agroecologia* chama de o “verdadeiro ouro negro”. Sendo que, com um simples banheiro seco podemos compostar (isso mesmo, compostar nossas fezes) e aproveitá-la como adubo. E acredite: um adubo sem cheiro, pois o composto fica num recipiente que toma sol o dia todo pra alcançar altas temperaturas - eliminando cheiros e esterilizando a matéria.

Mas sinceramente, também não sou daqueles que se sentiria bem comendo um tomate adubado com compostos de um banheiro seco. Afinal merda é merda. Mas nem é este o caso. O “x” da questão é “preservar água primeiro, e, se puder aproveitar o composto depois, que seja”. Pois com tantos problemas ambientais, os pobres do mundo correndo risco de sofrer (em breve) cada vez mais com a falta de água (é bom lembrar que não existe substituto para água; diferente do petróleo, que se acabar “tudo bem”, afinal tem outras fontes de energia). Mas água não, água é fundamental pra saúde, pra agricultura, pra vida. “Não duramos duas semanas sem água”. Então, é óbvio que não estamos em condições de jogar dez litros de água por descarga – seja por nojinho, fecofobia, ou por questões econômicas e estéticas na construção. Não temos deveríamos desperdiçar, mas é o acontece na sua, na minha, na nossa casa – todos os dias.

Mesmo assim, concordamos que já passa a hora de buscar e aplicar soluções como o banheiro seco. Mas a ideia é aplicar a alternativa em grande escala. O duro seria convencer minha mãe a fazer um banheiro destes aqui em casa. Pensando bem, mais duro que convencer minha mãe seria convencer grandes empresas & grandes negócios a largar os lucros que tem com o vigente sistema de esgoto, encanamentos, acessórios etc e tal.

Pra você ter ideia ano passado começamos a fazer um banheiro em casa, com canos de cobre pra água aquecida a gás; ainda nem finalizamos o banheiro e já se foram cinco paus. Acredite se quiser! Segundo minha mama “banheiro é 50% da casa”. Então, por isso também você percebe que o buraco é mais embaixo.

Que é muito dinheiro rolando. Sem contar que “a inércia é a força mais poderosa do comportamento humano”. E não tem como dizer que cuidar de um banheiro seco seja mais fácil que apertar um botão e desaparecer com a merda. Mas quem sabe um dia… quando a água bater na bunda. Pra essa hora a tecnologia está aí. Mas pra acontecer em grande escala precisamos de uma mudança de pensamento e/ou de um empurrãozinho dos legisladores, dos prefeitos, presidentes, síndicos, moradores; sei lá de quem, de repente da gente mesmo.

Confesso que acharia bom se algumas coisas fossem leis. Tipo assim: você é obrigado (sob pena de multa, claro) a separar lixo, você é obrigado a tratar seu esgoto, você é obrigado a compostar lixo orgânico (cascas, frutas) em seu quintal, você é obrigado a captar água da chuva. Também poderíamos economizar dinheiro abrindo mão de embalagens; usando o transporte público (desde que eficiente e barato). Começo a pensar nas leis e sinto que mora um ditador em mim!

Se não é possível legislar, não esqueça que podemos usar meios pra insuflar mudanças. E, assim acontece com a palavra sustentabilidade que chega como um modismo e vai sendo incorporado. Parece que todo mundo está abraçado pela causa, grandes grupos que destroem a natureza de um lado e dão migalhas de ajuda, junto com ONG´s, estudantes e cidadãos de bem. “Agora todo intervalo comercial da rede Globo tem alguma coisa sobre a preservação do meio ambiente”, garante Antonia Rother, estudante de Bio Medicina. E, seja por consciência ou puro marketing, não importa, “podemos tirar proveito disso”.


Procurei ali mesmo no alto da montanha, perto do Cristo Redentor de São Luiz do Purunã, João Paulo “Jopa”, um permacultor especialista em Bio-construções, pra me explicar sobre o assunto e descobri que a pesquisa na área vai a todo vapor. Por exemplo, quem é o homem mais rico da China hoje? Um cara que negocia sistemas pra captação da energia solar. Detalhe, o aparelho do chinês custa um décimo do que custaria na Europa. Como diria um sábio cobrador do São Braz “a percisão (sic) é que faz o sapo pular”. E o negócio é por aí mesmo, a China cresce rápido e precisa de muita energia pra crescer. Assim, os interesses e esforços também se voltam pra estas alternativas.

Já combinamos e o Jopa, permacultor especialista em Bio-construções, vai trazer detalhes deste assunto pro leitor do TiraGosto. Guenta aí!

*Agroecologia é uma “filosofia de vida”, também conhecida como a agricultura orgânica, um conceito que se contrapõe ao agronegócio, a utilização de insumos químicos, a degradação do meio ambiente e do homem em si

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VOLTANDO A RODA


Na minha primeira noite de Encontro Consciência Planetária estava levando um papo com o Jopa quando Lucas Raoni, irmão do Mattoso, me chamou pra curtir uma vibe na fogueira. Lá o pessoal se chamava de caminhante, semente, macaca, águia, estrela … e a gente boiando. Descobrimos que aqueles nomes eram os kins deles, uma espécie de signo, de acordo com o Calendário da Paz - um híbrido de várias culturas (Maia, I Chi), também baseado na lua e no corpo humano, nas treze articulações, vinte dedos e sabe-se mais lá o que…
Através da agenda do calendário da paz descobriram que meu Kin é Águia Galática e o do Lucas Raoni (que já tem este nome místico) era Noite Harmoniosa. Acho que o Lucas não gostou de cara do seu Kin, mas passou a gostar depois que descobriu uma revista no chão que dizia que Noite Harmoniosa pode ser o responsável por juntar a galera pra night.
Ficamos até altas horas sapecando na fogueira - altos papos e boas vibrações. Destaque para as refeições maravilhosas, pros reggaes arrastados do Cachorro Rítmico, com destaque especial para as músicas que um tal Manelzin, codinome Águia  Azul, inventava. Seis estudos geniais!
Confesso que na fogueira senti muita falta de um garrafão de vinho, pra animar as meninas. Aliás, cada menina linda. Mas estávamos num carnaval diferente. Um esquema de família (e pensando assim era meio broxante). Éramos uma grande família mesmo, com direito a orações e agradecimentos pela comida. Até a distribuição das tarefas eram feita entre as famílias e seus respectivos dedos dentro da grande família.
Aprendi que o corpo do homem e o ciclo da lua são usados pra contar o tempo. Descobri que a nossa vida está muito ligada aos astros. Aprendi que podemos mandar energia lá pras estrelas através das nossas mãos. E que podemos até concentrar energias pra desatolar um carro, claro sem despertar a ajuda de um jipe quatro por quatro. Olhando pra cima visualizei (pela primeira vez claramente) a constelação de Orium e percebi que o ele vai errar aquele flecha.

Voltando das estrelas, me contaram que o dia seguinte seria o dia de trabalho da família do “dedo anelar” e pra meu alívio descobri que meu dedo era o polegar, todos os polegares. Então, pensei que deve vir disto meu impulso pra fazer sinal de positivo na hora de posar pra fotografias. E, talvez isso também explique minha afinidade com boleiros e pagodeiros.


A gente viaja nestes eventos - Aliás, ouvi muitas explicações malucas e auto-afirmativas sobre o ser e seu kin. O pior é que muitas faziam sentido. Por exemplo, o que significa ser semente? Descobri que a pessoa semente gosta de reproduzir. Dica interessante pra se procurar uma mulher nestas rodas. Alecsander Won Wagner (parente do compositor Richard Wagner) deu seu irmão Fagner como exemplo “ele é semente e vive fazendo cruzas (entre os bichos)”. Curioso é que a pessoa descobre e incorpora o Kin, assimilando e/ou ressaltando as características do seu signo: “o caminhante é um cara que viaja”, “o águia é observador”, “as macacas são brincantes, sorridentes”, “dragão, vai lá cuidar da fogueira!”; outra coisa bem interessante é que neste lance dos Kins não vi ideia de bom e mau.

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O MAGO KIN-TAO DESBRAVADOR DO MATO

Fico curioso tentando saber qual é o Kin de Marcos Mandala, o cara que mora lá na montanha de São Luiz do Purunã em tempo integral há cinco luas (o ciclo da lua é de 28 dias). Pro amigo leitor entender bem o que ele esta fazendo lá, vou lhe contar algumas curiosidades:
Mandala tem muitas histórias, um dia junto com dois amigos jogou fora, literalmente, todo seu dinheiro. Depois disso eles chegaram numa cidade lá do nordeste e foram distribuindo seus artesanatos. Até um dono de um imóvel posto a venda lhes ofereceu a casa para passar uns dias. Segundo Mandala as pessoas começaram a trazer frutas em agradecimento pelos presentes. E aquela “peregrinação” até a casa ajudou a vender o imóvel. Tanto que quando eles estavam de partida, o dono da imóvel ofereceu comissão aos três pela venda da casa, mas o dinheiro foi gentilmente negado.
Não me lembro se tirei alguma foto dele, mas se você quiser visualizar seu rosto pense em alguém sereno, bonito e saudável. Feliz da vida por ter deixado a babilônia para trás, pra ser um desbravador do mato. Longe da correria da cidade, Mandala vive sem eletricidade, mora numa Kombi estilosa e toma banho numa bica. Cozinha com fogo a lenha. Planta sua comida e quando precisa vai buscar trigo num moinho ali perto. Mandala é um padeiro de mão cheia. Vivia disso aqui em Curitiba. Tem altos segredos, usa ingredientes orgânicos e capricha nas doses de amor e dedicação. E, sem exagero, o bicho faz o melhor pão integral que já provei “cheio de pedaços de castanha e tão compacto que a gente precisa cortar com serrote”. Sem falar na tão apreciada torta de banana.

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AGORA VAMOS FALAR DOS PROJETOS


Mandala conta com a força e apoio de muita gente: Jopa, bichos-grilos, daimistas e especialmente dos membros do GEAE - Grupo de Estudos de Agricultura Ecológica da UFPR. A ideia é fazer daquele espaço, em São Luiz do Purunã, uma espécie de parque Agroecológico, referência de sustentabilidade e redução de impacto na natureza. Pra isso, Mandala está se reunindo com prefeitos e autoridades da região. Negociando com empresas como a Itambé Cimentos - visível ali do alto da montanha -, a revitalização da estradinha que dá acesso ao Cristo de Balsa Nova.
E as expectativas são boas, muitas empresas estão a fim de ajudar. No Paraná, por exemplo, existe o Condomínio da Biodiversidade que apóia projetos de preservação da natureza.  Mandala sonha com a licitação do restaurante do Cristo. Aproveito aqui para parabenizar os cozinheiros da turma. Em geral, as refeições foram maravilhosas: salada de frutas com mingau e amendoim no café, polenta com carne de soja no almoço, e sopas pra saborear na fogueira. Ah, e tortas de banana com açúcar mascavo que caem bem a qualquer hora do dia.

Parceiros do GEAE

Dentre os parceiros de Mandala está o Grupo de Estudos de Agricultura Ecológica – GEAE é uma ONG de 25 anos que faz “miséria” com seu terreno de 1000 metros quadrados no setor de ciências agrárias, da UFPR.

Existe um plano de fazer uma Bio-construtora com os membros do GEAE, pra dar uma oportunidade de emprego pra gente que não pretende atuar no sistema tradicional do agronegócio. E a rapaziada do GEAE tem até uma Bio-construção em seu terreno, a “Ecobaia”, feita de barro socado e tecnologia super adobe.




Na sede do GEAE você encontra: aroeira, araucária, amora, amora silvestre, angica, cedro, pau brasil, imbuia, guapuruvum, araçá, pitanga, uva do Japão, melancia, maracujá, laranja, limão, figo, maça, pêssego, uva, abacate,  mexerica, banana, ingá, mamona, mandioca, babosa, pata de vaca, orégano, manjericão, manjerona, hortelã, confrei, rami (rasteira), salsinha, cebolinha, cheiro-verde, coentro, endro, alecrim, salvia, osmari, hortelã, erva-doce, folha gorda, mentruz, pulmonária, confrei, açafrão, maria-pretinha, brócolis, cebolinhas, couve-flor, espinafre, alface, rúcula, repolho, agrião, feijão (fava, de porco, carioca, guandar, fava rajada), taioba, papiro, mil folhas, tremoço, café, tomate cereja, bambu (3 tipos), batatas, batata yacon, berinjela, cará, dedalero, milho avati, orapronobis, abobora, pimenta, cana-de-açúcar, chuchu, çaijuçara, pimenta, babosa, Cosme, planta carnívora, bromélia, orquídeas, coró, besouro, minhoca, baratas, joaninha, pulgão, aranhas, formigas, cupins, galinhas, ratos, passarinhos, canarinhos da terra, tucano, papagaio, 7 cores, andorinha…


Uma variedade incrível por espaço, fora um monte de bicho grilo.  Mas não sei bem direito como o mercado de trabalho vai aproveitar esta rapaziada que está na “vanguarda” do curso, desenvolvendo a Agroecologia. Pois segundo o estudante de Zootecnia, Rafael Cabreira, mais conhecido com Pumba, “o GEAE é o avesso do que eles ensinam no curso de agronomia”. Mas ainda segundo Pumba, “a gente só quer o mundo melhor …começando pelas galinhas”. Pra isso o pessoal criou um banco Germoplasma. Calma aí, deixa explicar, na prática, eles cruzam vários tipos de frangos, melhorando a genética dos frangotes pra depois espalhar por aí.

Mas não podemos dizer que a Agroecologia está abandonado. Ao contrário, o Governo do Estado do Paraná tem até uma secretaria, a CPRA, pra cuidar destes assuntos. Tanto que em novembro vai acontecer aqui em Curitiba o CBA - Congresso Brasileiro de Agroecologia. E o pessoal do GEAE foi escalado pra receber os participantes. Tomara que até lá o “parque Agroecológico” esteja funcionando. Assim o pessoal do evento poderá provar a torta de banana do Mago Kin-Tao.

Aho!!!

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ENQUANTO ISSO, NO DOM MATTOSO…

Bebida, mulher e baralho você encontra aqui!

Bar Dom Mattoso. Rua Fernando Moreira (a rua dos chorões), nº 135, centro de Curitiba – relativamente perto do sesc da esquina.

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UM DIA DE GARÇOM

Amigo leitor, antes de tudo, preciso dizer que sei o quão sou feio. Sei que não é bonito ser feio, mas dou o tiro com a arma que tenho. Falo isso, sabendo que a “falsa modéstia é o último requinte da vaidade”. E, como sou avesso do avesso de ser vaidoso, vou lhes contar sórdidos detalhes do meu dia de garçom e, por conta disso, também dia de Fábio Junior



pub. dia 24/12/2008 por
Leandro Hammerschmidt

Há duas semanas re$olvi trabalhar de garçom. Quem arrumou o bico foi minha namorada Erika. 90 pilas por noite. Pensei: moleza. Achei que ia só levar umas bebidas pros convidados. Ganhar umas gorjetas. Beber de graça. E pra isso acontecer, só precisava chegar ao lugar (naquele dia Jockey Club) com cabelo arrumado, terno, camisa branca, gravatinha e sapato; tudo isso pra pegar a tal “regra”, ou seja, alguma vaga que sobra quando falta garçom.

Se o amigo leitor se interessa pelo trabalho, adianto que é preciso ter contatos, telefones, pelo menos. Geralmente nas segundas-feiras o maître (o chefe dos garçons) monta a escala de quem vai trabalhar durante a semana. Também é preciso ter um alvará da prefeitura pra trabalhar de garçom, mas isso é bem fácil de tirar numa Rua da Cidadania.

Cheguei ao Jockey por volta das 15 horas de sexta-feira, mais perdido que cego em tiroteiro, cachorro em mudança e mais por fora que teta de véia. Perguntei pelo tal Cândido - pastor e dono do buffet. Me deixaram entrar, dois maitres (um e uma) me receberam e me deram a vaga. A primeira coisa que ele me perguntou era se eu trabalhava como garçom. Como não sei mentir, disse “mais ou menos”. Daí ela me perguntou se sabia servir com bandejas. Disse um firme: sim!

Aquele dia seriam duas festas e eles não podiam escolher muito. Cada maitre tem uns 1000 problemas e cada um com os seus: um me puxava pra baixo e o outro me puxava pra cima. Fiquei na festa do andar de baixo, com a maitre Juceli. Gente-fina.

Pra começar o dia de garçom carreguei umas dez mesas. Mas nisso tenho prática, meu pai é caminhoneiro e volta e meia trabalho de “chapa” descarregando mudanças ou batendo carga. O problema é que neste caso a gente precisava pegar as mesas (mais de 20) e subir dois andares com elas nas costas. Depois de colocadas no lugar e arrumadas, começamos a polir umas (400) taças; depois ajudei a ajeitar os talheres (aqui a Juceli me olhou e perguntou mais uma vez se eu realmente trabalhava como garçom; mas daí já era bem tarde).
Depois disso me assumi e comecei a pedir dicas pra todo mundo e passei a aprender coisas com dois garçons experientes: “pra servir a gente vai pela direita e pra retirar é pela esquerda do cliente”, “os  garfos a gente alinha com as facas da cadeira oposta”. Hã? Ah! entendi. “a bandeja, segure com a palma da mão”. “Tenha sempre abridor, caneta e isqueiro no bolso”. “E nunca, mas nunca mesmo chame um bêbado de bêbado: concorde com ele!”. Na verdade, esta última dica é do Gera, o dono do bar que freqüento às segundas.

A festa de baixo começava às 22 horas; a de cima às 20 horas. Antes disso ainda deu tempo pra lanchar pão com manteiga e coca. Depois fui me arrumar. Quase nunca uso terno, meu pai não usa, não sou estudante de Direito, não trabalho em empresa grande e nem sou crente. Então não tenho muitos motivos pra usar terno, mas naquele dia até gostei de usar.

Começou a festa: correria, Leandro prá lá; Leandro pra cá. Água, whisky, red bull, isqueiro, “ quero isto, quero aquilo, assim, assado, cozido”. Olha, pra trabalhar de garçom é preciso ter muita atenção e boa memória pra lembrar os pedidos. Mas tem um lado bom neste lance de servir: a gente se sente bem fazendo a alegria dos outros. Por isso também caprichava nas doses de whisky. Tanto que toda vez que um japonês (detalhe, o noivo era descendente de japoneses e a festa estava cheia de deliciosas mestiças) me encontrava no salão ele me abraçava e me chamava de Leandro e/ou de atleticano. E graças as minhas doses generosas (“sem miséria” como dizem) em pouco tempo o japa era o cara mais feliz da festa e eu o queridinho daquela “praça”.

Fiquei com três mesas, este conjunto de mesas é o que os garçons chamam de “praça”. Na minha havia um “apoiador” ou “amparo” – um móvel no salão que a gente coloca jarras, garrafas, balde de gelo, pra não precisar ficar indo  todo minuto pro bar – bar que no Jockey ficava lá nos fundos, bem próximo ao local onde ficam os donos do Buffet. Seu Cândido, o chefão, não estava no ambiente, mas deixou gente pra fiscalizar. Ainda assim deu pra beber um pouquinho. Mas posso dizer de boca cheia: trabalhei direitinho das 14 horas até o final da festa – lá por volta das 4h30 da matina.  Acontece que tudo ia bem, até que me acontece um sinistro:

Mulheres


Assim como me tornei o queridinho do japa, que acabou a festa todo vomitado, também me tornei o preferido entre as mulheres. Sério, elas começaram a se aproximar, a sorrir, a conversar pertinho. Se uma mulher se sente à vontade para sorrir contigo, tudo mais vem fácil (aprenda esta lição!). Mas nunca esqueci que tenho mulher, que a amo, e que naquela noite estava ali só pra servir.

E não existe coisa mais chata que um garçom em cima do cliente. Juro que não fiz isto. Acontece que à medida que trazia os vinhos, espumantes, mais gente eu “abria”. Fui super atencioso e profissional, servindo a todos e fazendo amigos (à luz da orgia, é claro). Acontece que aos poucos a relação com algumas pessoas (pasmem, foi mais de uma) foi ficando, digamos assim, periglosa. Percebi olhares, sorrisos, gracinhas.
Enquanto isto eu só trabalhando. E aqui está o charme! Vou te contar uma coisa sobre as mulheres: penso que elas não gostam de homem desocupado, sem rumo. Além de atração pelo o que é proibido. Então, creio que se estivesse de bobeira naquele lugar dificilmente despertaria atenção delas. E podem espernear, mas elas todas são iguais. Pois o que serve pra uma, serve pra todas.

Metade do trabalho já estava feito. Até ali tudo estava bem, já tinha até ganho a confiança dos fregueses e colegas, até que aceitei tirar uma foto com uma moça.

Não ria agora amigo leitor, tenho espelho em casa, mas depois da primeira foto começou a juntar mulheres querendo tirar foto comigo. Oh delícia! Até que uma mais assanhada pegou minha mão e me fez enlaçar sua cintura, se soltando em meus braços e me obrigando a segurá-la. Soltei minha espada. Nisso outra, que trabalhava de garçonete nos EUA, pegou minha bandeja e começou a juntar copos pra me mostrar nossas afinidades. Lembrei das sábias palavras de um colega “nunca deixe ninguém tocar na sua bandeja, pois a bandeja do garçom é a espada do samurai”. Não deu outra, a maitre viu a menina nos meus braços, a bandeja na mão de outra e quis me arrancar dali. Literalmente, me pegou pelo braço e fez um cabo de guerra com as moças.

Mesmo visivelmente gostando, sabia que aquilo não ia acabar bem pro meu lado. A resposta da maitre foi imediata: tirou-me da função e pôs pra carregar pratos da cozinha pro estoque. Da cozinha pro estoque. Da cozinha pro estoque. 300. Segundo a Juceli, aquele assédio tava causando falatório e até poderia “despertar a ira de algum marido”. Nesta hora pensei, poxa que culpa tenho de ter nascido assim?

Nem preciso dizer que, no fundo, gostei da história. Senão não contava aqui e nem tirava estas fotos – tudo com ajuda da minha mulher, é claro – num esforço pra registrar meu dia de garçom e de “galã”, pois vai saber se acontece novamente.

Acontece que depois daquela festa (minha primeira como garçom) nunca mais fui chamado pra trabalhar no Jockey. Arrumei outras “regras” em outros buffets, com outros maitres, mas nunca mais no jokei. Ouvi relatos parecidos – de garçons exaltados – e por isso te contei minha história amigo leitor, especialmente pra você que precisa de algum dinheiro “fácil” e já começa a pensar na possibilidade de trabalhar como garçom. E, se este for seu caso, escute este conselho: aprenda a ouvir os mais antigos e sempre tome cuidado, mas muito cuidado com as mulheres.


Serviço:

Telefones de Buffets: Mansão Merano (41) 3372-1621, Capri Eventos (41) 3285-5500, Estação (41) 3239-3099, Clube Curitibano (41) 3014-1981, Graciosa (41) 3015-5005
Taxa: entre 90 e 100 pilas por dia de trabalho
Horário: das 14 h (ou 16 h) até acabar a festa

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2 DE DEZEMBRO, dia do Samba e do JTG


Diário de um aniversário:

Saímos (Leandro H. e Letícia Pulcides) da reunião da cooperativa FATO de jornalistas direto pro Mac Nills. A minha idéia era beber uma antártica ou uma skol, comer um gordurame e partir dali para biblioteca pública pra devolver um livro atrasado antes de voltar pra festa – marcada pra seis da tarde.

Quem disse que deu?

Logo assim que chegamos ao Mac Nills, por volta do meio-dia, os convidados também foram chegando. O papo foi ficando bom e não pude e nem quis mais sair do bar. Que seja. Os convidados chegavam: Dalie e Rodrigo, depois o Wellington que apareceu um milionésimo de segundo depois da Erica, a minha gatinha manhosa.


Quando convidei Joba Tridente, cineasta e um dos editores do Jornal Nicolau, já sabia que ele ia se entender com Wellington, Péricles e Gladson - porque todos eles são malucos por animes, mangás e cinema. Dito e Feito, em pouco tempo lá estavam os caras contando patranhas.

O Wellington saiu antes que Franco, Emanuella e Fernanda (atriz e confeiteira de mão cheia) chegassem como o bolo. Perdeu, tava bommm! Os três chegaram um pouco depois da Celina e seu marido Arnaldo.


Cantamos parabéns e tudo pro jornal. Confesso que fiquei um pouco envergonhado na hora do “parabéns pra você”. Sempre fico envergonhado nessa hora. É assim desde os sete anos – quando ganhei uma festa com o tema Batman. E olha que nesta hora dos parabéns pro TiraGosto eu já tinha tomado algumas cervejas.


Amigo Leitor,

peço-lhe desculpas por transformar este post em uma espécie de página de diário, contando coisas que pouco interessam a quem não foi à festa. Mas resolvi publicar isso mesmo assim, porque quero expressar a todos o quanto foi bom reunir Jackson, Igor, Jesus Barbosa - olha só, até Jesus veio! - com os amigos do Franco e da Fernanda: Andrew, Alexandre e Maíra. Vou além: preciso contar sobre a enorme felicidade que foi mobilizar e juntar tanta gente interessante lá no Mac Nills sob o pretexto do aniversário de um ano do nosso jornal.


Fico agradecido ao dono e os funcionários do “Mac News” - nossa redação nas terças-feiras - pela atenção e pelos preços praticados. Quero agradecer até meus amigos furões, que não foram no aniversário, mas continuam sendo a alegria da minha vida. E, por fim, quero convidar mais uma vez, você, amigo leitor, a participar da nossa patotinha.

um abraço,
Leandro Hammerschmidt

(pub. dia 08/12/2008)

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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

UM ANINHO DE VIDA


O Jornal TiraGosto completa um ano agora no dia 2 de dezembro (terça-feira). Por isso quero te contar um pouco da nossa história. Mas antes de tudo quero te convidar, amigo leitor, a comemorar o aniversário do jornal lá no bar Mac Nills (na Westphalen em frente ao Cefet) a partir das 18 hrs.

pub. dia 29/11/2008 por Leandro Hammerschmidt

Vamos à história: o jornal nasceu de um trabalho de conclusão de curso. A primeira idéia era fazer um jornal reduzido a manchetes pra circular em ônibus. Conheci o finado jornal Notícias Populares de São Paulo e ficamos (digo “ficamos” porque sempre tive e tenho bons amigos juntos neste projeto) muito interessados em fazer um jornal popular. Mas popular na Internet é outra coisa e mais pra frente vou explicar por que a gente (sem grana) só tem a Internet. Vou encurtar o causo: o primeiro TCC era tão maluco (e mal articulado) que acabei reprovando. Não briguei muito porque estava fraco na vida naquele momento. E no fundo até que deu um charme pro jornal ser reprovado na academia.

O tempo passou e a idéia amadureceu
Já em meados de 2007 queríamos fazer o projeto funcionar, mas agora o maior estímulo era a falta de oportunidades de emprego para jornalistas recém formados. É um mercado complicado – ainda mais pra quem tem personalidade arredia a horários e caciques. Aqui preciso dizer que sempre tive problemas pra aceitar a profissão de jornalista. Pelo seguinte, historicamente o jornalismo é “a síntese do espírito moderno: a razão (a verdade, a transparência)”, e não me agrada nada este papo da objetividade, imparcialidade, dizer “verdades”, exaltar a racionalidade (e a ciência) em detrimento de outros instintos; pior ainda seria assumir a missão de “iluminar os assuntos e diminuir as diferenças”. É muita pretensão e inocência pensar assim. Não sou o Crark Kent e nem cão de guarda. E, sinceramente, não existem inocentes. Não se amarra cachorro com lingüiça. As coisas estão no ar e todo mundo saca porque as pessoas estão cada vez mais niveladas.


O problema é que “quando todos pensam iguais, ninguém pensa”. Mas não é este o caso. Não dá mesmo pra saber quem é o otário e quem é o malandro. Já experimentei a sensação de ser manipulado na cobertura da reintegração de posse no terreno do Fazendinha – está cada vez mais fácil ser feito de idiota. O lance é ouvir atento, sem muitas pretensões. E na hora de fazer a reportagem prefiro saber que “todo mundo entende tudo”. Não me prendo a detalhes, me interessa é o “big Picture” sem me apegar muito às informações. Informação todo mundo tem. E às vezes é passada sem pensar: assim fez jornalista estes dias quando levantou a hipótese que a menina (encontrada dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba) gostava de se passar por mais velha isto porque no perfil do Orkut dela a menina tinha 20 anos. Que sabichão! Como ele vai iluminar os assuntos? Por isso nunca quis assumir este papel de catequista das informações.

Ou o que seria pior: criar uma moral da história pra cada reportagem. “inducar”. Pra mim não dá, o mundo corre bem. Em suma, pra quem gosta e/ou romantiza os trágicos assim como faço, o jornalismo parece demasiado burguês.

Mesmo assim assumi a profissão e vislumbrei uma opção pra fazer jornalismo: abandonar o lugar medíocre do jornalismo, abandonar o diploma e a sensação de estar a meio centímetro do chão; saber de cara que “não existem fatos, só interpretações”. Porém nunca abandonei as moedas do jornalismo e até fundei este jornal preocupado com periodicidade e com o interesse público.

O meio de comunicação escolhido
O mais barato e, talvez nossa melhor opção, foi a Internet. O investimento é baixo e o alcance é ilimitado. Mas a Internet é cheia de manhas, circula uma inteligência peculiar, uma inteligência POP. E o público percebe as informações e notícias de forma diferente na rede - pela quantidade de fontes e facilidade de replicar informações. Por exemplo, falando de telejornalismo, a TV é só mais um móvel em nossa casa, no fundo, ninguém espera nada dela. Aceitamos aquela programação por preguiça e também por falta de opções: poucos canais, as mesmas caras, as mesmas histórias de sempre e a lição de moral no fim. O valor da TV está na plástica, na qualidade das imagens, no rosto quadrado das apresentadoras, na coisa redondinha. Que convenhamos é muito chato e arrisco dizer que na rede não funciona.


Como já disse o valor na rede é uma inteligência peculiar. A qualidade é o de menos, interessa o time. O público gosta de sabor, polêmica, sacanagem, outras vozes, outras caras, coisa tosca, caos; navega por prazer e não necessariamente pra se informar. Então, se no fundo a briga do jornalismo é por atenção e, como sabemos, num segundo momento por poder (influência política), resolvemos considerar isto tudo pra fazer nosso TiraGosto. Mas se você me perguntar o que queremos fazer com influência? Não sei! Talvez desconstruir e brincar um pouco com as coisas. Além de tirar algum dinheiro pra conseguir sobreviver nesta maldita profissão.

Pra Fazer Diferente
Começamos pela escolha do nome TiraGosto, geralmente o nome de um jornal tem a ver com o passar do tempo, mas queríamos dar sabor, eventualidade, desligar um pouco da idéia do tempo e da necessidade de se consumir bem rápido. Não sei se o amigo leitor já percebeu que nos tentamos fazer reportagens “frias”, atemporais  – prefiro dizer “históricas” (pretensiosa e provavelmente errada essa denominação), no sentido que podem ser lidas hoje, amanhã ou muito depois – creio que sem perder o efeito.

Decidimos abusar das opiniões, dos gostos, dos achismos e da marra também. Em geral o jornalismo feito por ai, seja por opções ideológicas ou por uma tentativa de não se chocar com nenhum grupo social de importância, prefere um alinhamento acrítico em relação ao modismo das idéias politicamente corretas. E aqui, por exemplo, blogs têm levado vantagem, pois abrindo mão do “discurso da fala competente”, o blogueiro passa a expressar o que o povo pensa, mesmo que seja considerado besteirol (preconceitos, lugares comuns, humor negro etc.). Mas mesmo partindo de preconceitos, só o fato de não ser “politicamente correto” já lhe dá algum crédito pelo menos.

Pense sozinho o que significa tudo isto!



É claro que a falta de respeito, com tudo e com todos, demonstrada por alguns blogueiros muitas vezes é desnecessária. Coisa de moleque. Mas é inegável se tratar de fórmula eficaz na Internet. Sem contar que se parece mais real e verdadeiro. Em contrapartida no telejornalismo (de novo) temos aqueles risinhos dos apresentadores, as roupinhas, as mãozinhas, as mentiras descaradas e o “imperdível” que certa jornalista solta depois de todos (digo todos mesmo) os shows da agenda cultural, isso não pode ser verdade. Só critica positiva, só endosso. Uma coisa é só fazer o que você gosta (como fazemos com nossas críticas) outra coisa é dizer que gosta de tudo. Isto é falsidade, e desnecessário, mas é bem normal no jornalismo. Alias quase tudo soa falso no jornalismo. Preciso dizer que (como parte do povo) acredito muito pouco em jornalistas. Na pompa. Sei que se trata de um jogo de poder, que o valor é o conhecimento, e que a força do jornalismo está na continuidade e não nas reportagens em si. Afinal a informação que recebemos não
é para simplesmente informar, mas sim para convencer e formar.

Porem as coisas mudam um tanto com a Internet. Já disse que a Internet altera nossa percepção de notícias. Neste contexto o jornalismo precisa evoluir muito, se defender pelo menos, porque neste meio o usuário facilmente troca de fonte quando não gosta, são milhares de sites. E, se a gente vai trocando de fonte e mesmo assim não aparece uma boa opção, ao menos, podemos nos envolver na “coisa” mandando um comentário pra contestar, ou republicando fora do contexto como faz o Kibe Loco que satiriza e subverte informações-notícias publicadas. Não sou muito fã dele, mas é inegável sua influência.

Entenda uma coisa: pelo sim pelo não a produção jornalística abastece a rede. O negócio é saber jogar na rede. Creio que o jeito mais fácil de “se defender” é fazer jornalismo autêntico, sincero e saboroso. Tirar a pompa da imparcialidade, verdade e objetividade pra assumir que somos mais uma fonte importante entre as milhares que existem na rede. Não é questão de impor só uma fonte, assumir um compromisso gigante, a coisa é menor e mais fácil que parece. Por isso a gente do TiraGosto pede poucos minutos do seu dia nas terças e quintas-feiras.

Mas já chega de lengalenga, pois não estou ressentido com a mídia, com a profissão, nem com isso ou aquilo, e nem estou dizendo que o jornalismo é de todo mal – sempre teve e sempre haverá boas reportagens, inclusive na TV. Só falei disso tudo pra dizer que a Internet vem crescendo e em breve vai tomar o lugar dos jornais como principal fonte de informação, como já acontece entre os jovens e os politicamente engajados. Por isso entramos na onda!


Vem com a gente

É importante publicar, estimulo quem posso. Afinal nós do Jornal TiraGosto ainda estamos fascinados com a Internet. Através dela (que é o suporte do jornal) acendemos uma coisa ali outra aqui na cidade (como foi feito o Museu do IML ou com o Break do Itália), através dela pesquisamos, arranjamos desculpa pra tietar (como fiz com Zé do Caixão) e também pudemos trazer novos personagens pra vida. Sério mesmo, na rede todo mundo briga por atenção. Te garanto que o jornal local não é visto de modo muito diferente que o New York Times.

Então fica a dica: publique suas idéias! Seja com a gente ou por conta própria.

Aproveito a ocasião pra agradecer todos nossos colaboradores e avisar que estamos cheios de planos pra 2009. Vai rolar até grana por colaboração. Agradeço também nossos leitores e peço que continuem com a gente!

Valeu aí galera que votou, a vedete “Cabine Erótica” subiu pra TV, já está passando no FIZTV

Reforçando o convite:

Amigo leitor venha tomar uma gelada com a gente depois do seu expediente nesta terça-feira (02/12)
Tá de graça: Antártica a dois pilas e Skol a 2,60
Local: Mac Nills (na Des. Westphalen 782 em frente ao Cefet)
Horário: a partir das 18 hrs, mas se quiser chegar antes a gente vai estar lá calibrando

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