Na palestra sobre Economia Humanista as coisas começaram a clarear. Priscila Lhacer, especialista em Economia Humanista, falou da necessidade urgente de mudarmos o atual modelo econômico. Falou também da opressão que o homem sofre e de muitas teorias econômicas que ignoram que “o ser humano é plástico e mutável”, e se reduzem a frieza dos cálculos.
Segundo ela a teoria neoclássica não dá conta de encontrar soluções para a fome, má distribuição de renda, ameaça ao meio ambiente e a sustentabilidade. Nesse ambiente é que se desenvolve a economia solidária e humanista. Que valoriza as trocas de produtos e serviços, as cooperativas, o lado social e não somente o lucro a qualquer custo.
A pergunta da palestra era “o ser humano pode ser o valor central da economia?” A resposta foi SIM. Mas como? Através de uma mudança socioeconômica 1) na produção, comercialização e consumo 2) através do crédito, ou melhor, micro-crédito a pequenas empresas ou pessoas 3) na formação de economistas e pessoas que sigam a idéia da economia solidária 4) no marco legal, ou seja, no que diz respeito às leis. Dizem que a partir da segunda guerra o mundo foi planejado para ser o que é. Não sei se concordo que as coisas funcionam assim planejadas. Mesmo porque o homem muda sempre, por que o modelo não mudaria? Na visão humanista a sociedade de consumo não deu certo.
A ilusão de felicidade das compras dura pouco tempo. Os produtos não são feitos pra durar e a pessoa precisa sempre estar comprando, trabalhando, trocando tempo. Recursos preciosos são desperdiçados para se produzir coisas desnecessárias - a não ser pela própria necessidade de satisfazer uma vontade criada pela “fetichização” da mercadoria, em termos marxistas. E se não me engano fetichizar é colocar algo além do humano.
fotografia: Raquel Santana
fotografia: Raquel Santana
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