segunda-feira, 21 de maio de 2012
sexta-feira, 18 de maio de 2012
AFORISMOS SEXUAIS
NA CARA DO GOL:
"cú de galega... o pau entra ingual mantega"
REDAÇÃO PUBLICITÁRIA:
"ménage à trois: um cara em cada peito"
CANTIGAS DE MAL DIZER:
"-que vire uma pizza depois!"
ANTI-PROPAGANDA
"gravidez? foda é fralda!"
DOS OUTROS
"É mito afirmar que o homem é uma máquina infalível: - O pênis é apenas um dos mecanismos na interação íntima do casal; uma forma de carinho e comunicação." dr Calvino C. Fernandes
"cú de galega... o pau entra ingual mantega"
REDAÇÃO PUBLICITÁRIA:
"ménage à trois: um cara em cada peito"
CANTIGAS DE MAL DIZER:
"-que vire uma pizza depois!"
ANTI-PROPAGANDA
"gravidez? foda é fralda!"
DOS OUTROS
"É mito afirmar que o homem é uma máquina infalível: - O pênis é apenas um dos mecanismos na interação íntima do casal; uma forma de carinho e comunicação." dr Calvino C. Fernandes
ROMÂNTICO
"dai a gente enche a cara de vinho, cerveja preta
come uma pizza de tomate seco e vem dormir gordinho"
DA INTERNET
"nossa, como é difícil arranjar mulher nesta sala"
(05:55:14) pequeña fala para sandersom serio: soy de curitiba ,mas vivo en madrid
(05:57:54) Cu leitado sai da sala...
(06:58:15) RAPAZ SIGILO (reservadamente) fala para Todos: Algum cara ativo e discreto a fim de tc?
(06:00:09) Nádia fala para Todos: Outro pseudo empresário.
(06:01:19) Contém 1 Loira fala para HOMEM NO HOTEL: tudo e vc?
(06:01:34) Maria fala para Arnaldo: vc e lindo sabiá . e mi deixou cheia de desejo.
(06:02:01) Rigidez Cadavérica fala para Esoterico Curitiba: Este é o novo conceito para escorregar na banana?
(06:02:14) Cowboy fala para Esoterico Curitiba: Saudade daquela época que todas as doenças venéreas se curavam com penicilina
(06:02:17) Leandro 27 fala para Esoterico Curitiba: a prevenção do cowboy é uma mijadinha depois... kkk
(06:02:57) Vaginnas fala para algum militar?: Produtos 99% mais baratos que nas lojas!!! a nova febre da internet: www.leilaonaogora.com
(06:03:57) A VERDADE fala para Todos: ACORDA BRASIL!
(06:04:01) Sinuca Nervosa (reservadamente) fala para Leandro 27: E ai cara, blz�o? tu � chegado em sinuca nervosa?
(06:04:11) Olhos Azuis H entra na sala...
(06:04:19) branca fala para Todos: O lacre violado
(06:04:29) Caguei milho entra na sala...
(06:04:47) edivaldo e luzia (reservadamente) fala para Charles, guerreiro: QUERO UM EMPREGO DE CASEIRO PRA TRABALHA NUMA CHACARA
(06:04:55) Chás e Ervas (reservadamente) fala para Todos: Sou Fitoterapeuta e iridóloga especializada nas terapias a seguir: Acupuntura sem Agulhas, Argiloterapia, Cromoterapia, Fisioquântic, DNA (Serpentes da Mãe e do Pai), Fitoterapia, Florais Quânticos, Hidroterapia, Iridologia, Moxabustão, Nosódioterapia, Terapia de Pedras Quentes, Terapia Floral e FTP.
(06:05:05) Mary Lee (reservadamente) fala para Leandro 27: seus lábios são labirintos... churrasquinho irado...
Pitbull cansei, cansei de monte cristo ♫
(06:05:14) Gato Solt discreto fala para Todos: .FETISH INFLAVEIS – num colchao inflavel, colocar o cara na extremidade, enrolar como se fosse um rocambole e eu fosse o recheio do colchao, passando corda em volta, depois inflando co colchao comigo preso ali dentro, usando plug anal. Quando mais inflaveis, mais imóvel eu ficaria, ate eu nao poder movimentar nada do corpo de tao inflado que estaria o colchao. Alguem curte esse tipo de imobilização?,
Pitbull cansei, cansei de monte cristo ♫ (2x)
Era a história de um diretor de TV q recebe autorização pra fazer um filme sobre a morte:
"e assim morremos nós"
durante o filme ele conhece um casal, o homem do casal é doente terminal,
vivem 20 anos casados sem paixão, mas se gostavam e até se davam bem
ele era um tanto frio, mas zelava pela esposa
a morte tem seu lado positivo
a mulher se aproxima mesmo do marido
nos últimos dias de vida
justamente por uma canção q ele solfeja
"e assim morremos nós"
durante o filme ele conhece um casal, o homem do casal é doente terminal,
vivem 20 anos casados sem paixão, mas se gostavam e até se davam bem
ele era um tanto frio, mas zelava pela esposa
a morte tem seu lado positivo
a mulher se aproxima mesmo do marido
nos últimos dias de vida
justamente por uma canção q ele solfeja
Pitbull cansei, cansei de monte cristo
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LEANDRO HAMMERSCHMIDT,
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VOLTA, PEDREIRA!
pub. dia 14/05/2009 por Thalita Uba - uba_thali@yahoo.com.br
Ok, o show do Oasis foi legal, o set list foi seguido à risca, os banheiros estavam limpinhos e todo mundo conseguiu ver o show com razoável conforto. Não dá, realmente, pra reclamar da Expotrade. O espaço preparado comportou muito bem o show, as cerca de 12 mil pessoas que lá estavam e tudo fora muito bem organizado (ao menos do ponto de vista de uma humilde fã, que apenas foi à Expotrade para ver a banda tocar e não teve acesso aos bastidores da organização do evento). Contudo, não posso negar saudades imensas dos shows no grande palco aberto de Curitiba: a Pedreira Paulo Leminski.
A Pedreira nasceu em 1990, durante o governo Jaime Lerner. Seu nome, obviamente, é uma homenagem ao escritor curitibano Paulo Leminski combinada com uma referência à antiga serventia do local, que abrigava a Pedreira Municipal e uma usina de asfalto. Com capacidade de 30 mil pessoas, 103,5 m2 de área e seu paredão rochoso de 30m de altura, a Pedreira Paulo Leminski já foi palco de shows de diversos artistas de renome como Paul McCartney, David Bowie, Milton Nascimento, Roberto Carlos, Iron Maiden, Pearl Jam, Ramones, Björk, Arctic Monkeys e The Killers.
Em 2008, a Pedreira foi interditada por uma liminar que o Ministério Público do Paraná concedeu a 134 moradores do Abranches (bairro onde se localiza a Pedreira), que se declaravam descontentes com os transtornos que a realização de shows no local causava. Com seu fechamento, Curitiba – que, na época, se encontrava na terceira posição de destinos de shows internacionais no Brasil, perdendo apenas para Rio de Janeiro e São Paulo – passou a ser preterida e os amantes da boa música tiveram lamentavelmente de ver muitos de seus artistas favoritos darem preferência às outras capitais sulistas (Florianópolis e Porto Alegre).
Uma democracia que privilegia 134 pessoas e passa por cima do direito de outras milhares que habitam a cidade de usufruir de um patrimônio público está, claramente, com algum problema. Não se trata de não haver um lugar apropriado para a realização de grandes shows em Curitiba (apesar de ser necessário apontar que a Expotrade está, afinal, localizada no município de Pinhais), pois não há como negar que tal espaço existe, sim. Trata-se de assassinar uma tradição de quase 20 anos por birra de algumas pessoas, afetando, assim, a cena cultural de uma cidade inteira.
Agora a boa nova: o vereador Jonny Stica, com o apoio de empresários do mundo artístico e comerciantes, mobilizou-se para reverter essa situação. Seu manifesto pode ser encontrado no site www.apedreiraenossa.com.br. Lá também é possível assinar o abaixo-assinado que Stica pretende apresentar ao Poder Judiciário a fim de revogar a liminar que fechou a Pedreira. Agora é conosco. Se unirmos forças, quem sabe não conseguimos reaver nosso palco preferido?
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TRINTA E OITO RAZÕES
A chuva já o ensopava, começou com uma garoa e agora a água escorre por dentro de seu rego, causando um grande desconforto. Mantém-se firme, sentado no meio-fio a bem uma hora, seu alvo é óbvio, a casa de alvenaria a sua frente. Casa de gente branca e gorda, daquela aparente felicidade, que até irrita.
As luzes das janelas da fachada estão acesas, conhece muito bem, à sua esquerda, a sala, um sofá, uma tevê com defeito em um hack, uma mesa de jantar e uma velha cristaleira que contrasta com os outros móveis, à direita, o quarto, uma cama de casal, um guarda roupa e uma tevê nova, comprada à prestação.
Bem se vê que as duas tevês estão ligadas e de certo que o moleque Alessandro está fazendo alguma manha e logo irá dormir. Sua mãe vai ajeitá-lo na cama, vai desligar a luz do quarto e baixar o volume da tevê. Depois vai abrir a porta e se inclinando sem sair do quarto vai dizer com um sorriso no rosto ?to indo dormir, vocês fiquem a vontade, mas olha lá hein?. Ele embaraçado faria uma piada, ela riria muito e iria finalmente se deitar e a noite estava livre para os dois, no sofá.
N Ã O! Ele não está no sofá, ele está no meio fio, ensopado, e olha a casa atentamente, talvez outro em seu lugar, ao lado dela, tocando sua pele macia e branca. Estremece, pega sua velha mochila, abre e confere o trinta e oito enrolado numa sacola de mercado, um cuidado para não molhar. Colocou bala por bala, seis balas, ainda agora, de tarde. ?Que horas são??. Pega o celular, não funciona, encharcado.
Olha de novo, um segundo e a luz do lado direito já apagada. Fecha a mochila, se levanta agitado, dá dois passos, pára, a outra luz se apaga. Alívio, ela foi dormir.
Avança rápido, cuida para que ninguém o veja, chega à beira da grade, estica-se para a casa vizinha, volta. Encoberto pelos arbustos que vez ou outra ele próprio podava junto à menina, pula o portão. Atravessa o quintal de ponta a outra, trepa no muro, tenta alcançar algo, volta. Traz com cuidado algo na mão esquerda, de canhoto, tenta proteger mas a chuva é forte, pensa que de um jeito ou de outro terá seu efeito.
Já é hora e está decidido, avança, passa pela lateral da casa, vai até a janela da menina, uma tênue luz azul indica que o abajur está aceso. Encosta-se na parede, o beiral dá uma trégua à chuva, aproveita para respirar um pouco. É agora ou nunca…
***
As luzes das janelas da fachada estão acesas, conhece muito bem, à sua esquerda, a sala, um sofá, uma tevê com defeito em um hack, uma mesa de jantar e uma velha cristaleira que contrasta com os outros móveis, à direita, o quarto, uma cama de casal, um guarda roupa e uma tevê nova, comprada à prestação.
Bem se vê que as duas tevês estão ligadas e de certo que o moleque Alessandro está fazendo alguma manha e logo irá dormir. Sua mãe vai ajeitá-lo na cama, vai desligar a luz do quarto e baixar o volume da tevê. Depois vai abrir a porta e se inclinando sem sair do quarto vai dizer com um sorriso no rosto ?to indo dormir, vocês fiquem a vontade, mas olha lá hein?. Ele embaraçado faria uma piada, ela riria muito e iria finalmente se deitar e a noite estava livre para os dois, no sofá.
N Ã O! Ele não está no sofá, ele está no meio fio, ensopado, e olha a casa atentamente, talvez outro em seu lugar, ao lado dela, tocando sua pele macia e branca. Estremece, pega sua velha mochila, abre e confere o trinta e oito enrolado numa sacola de mercado, um cuidado para não molhar. Colocou bala por bala, seis balas, ainda agora, de tarde. ?Que horas são??. Pega o celular, não funciona, encharcado.
Olha de novo, um segundo e a luz do lado direito já apagada. Fecha a mochila, se levanta agitado, dá dois passos, pára, a outra luz se apaga. Alívio, ela foi dormir.
Avança rápido, cuida para que ninguém o veja, chega à beira da grade, estica-se para a casa vizinha, volta. Encoberto pelos arbustos que vez ou outra ele próprio podava junto à menina, pula o portão. Atravessa o quintal de ponta a outra, trepa no muro, tenta alcançar algo, volta. Traz com cuidado algo na mão esquerda, de canhoto, tenta proteger mas a chuva é forte, pensa que de um jeito ou de outro terá seu efeito.
Já é hora e está decidido, avança, passa pela lateral da casa, vai até a janela da menina, uma tênue luz azul indica que o abajur está aceso. Encosta-se na parede, o beiral dá uma trégua à chuva, aproveita para respirar um pouco. É agora ou nunca…
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Às três horas da manhã, do dia 25 de Fevereiro de 2007, deu entrada no Vigésimo Segundo DP de Curitiba, Cláudio Osnir da Silva, 18 anos, por assalto a mão armada. Jornais popularescos noticiaram sem muito destaque a tentativa de assalto à casa de um rico empresário, cujo nome não foi revelado. Nada disseram da vida de Cláudio nem o que pretendia fazer com o dinheiro. Na matéria uma foto dele, a cabeça coberta com a camiseta e um policial fazendo pose com uma metralhadora, no texto a série diária de adjetivos, sempre condenando sumariamente.
Lançada outra edição quem se lembraria do garoto? Assim, perdido entre tantos outros iguais…
***
Lançada outra edição quem se lembraria do garoto? Assim, perdido entre tantos outros iguais…
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Às nove da manhã Mariana não demorou a reconhecer de quem era o presente em sua janela. A flor podia ser roubada e estar judiada da chuva, mas foi a mais singela surpresa que teve em seus dezesseis anos de vida e quem sabe se não, pela vida toda. O certo é que ela não esqueceria.
Rodrigo Choinski 13/09/2007 às 15:30h
pub. dia 29/03/2009 por Rodrigo Choinski - alternativistas-1@yahoo.com.br
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ESSA MISSA É UM SHOW
JTG acompanha uma missa do padre multimídia Reginaldo Manzotti na igreja do Guadalupe
pub. dia 01/04/2009 por Franco Caldas Fuchs – francofuchs@gmail.com
A equipe do TiraGosto resolveu assistir a uma missa. Isso mesmo. Nós aqui também temos a nossa fé, e como ninguém da redação tinha assistido a uma missa do padre Reginaldo Manzotti, que já há um bom tempo tornou-se um fenômeno da mídia, o JTG decidiu ir à paróquia Nossa Sra. do Guadalupe. Ali, toda quinta-feira às 20h, Manzotti faz celebrações que são posteriormente veiculadas na televisão pela Paraná Educativa.
À procura do padre
A reportagem chegou às 17h na igreja e logo saiu à procura do padre Manzotti para uma entrevista. Na lojinha que existe no andar térreo da construção, perguntamos sobre o seu paradeiro a um simpático senhor, que descobrimos ser Antônio Manzotti, pai de Reginaldo. Antônio, infelizmente, disse que seria impossível falar com o seu filho naquela tarde sem termos combinado um horário com antecedência.
Padre Manzotti é realmente um homem muito ocupado. Realiza missas não só na paróquia Nossa Sra. do Guadalupe, como pelo Paraná afora e em outros estados do país. Entre outras atividades, também apresenta programas na rádio Evangelizar AM e mantém um portal na internet.
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pub. dia 01/04/2009 por Franco Caldas Fuchs – francofuchs@gmail.com
A equipe do TiraGosto resolveu assistir a uma missa. Isso mesmo. Nós aqui também temos a nossa fé, e como ninguém da redação tinha assistido a uma missa do padre Reginaldo Manzotti, que já há um bom tempo tornou-se um fenômeno da mídia, o JTG decidiu ir à paróquia Nossa Sra. do Guadalupe. Ali, toda quinta-feira às 20h, Manzotti faz celebrações que são posteriormente veiculadas na televisão pela Paraná Educativa.
À procura do padre
A reportagem chegou às 17h na igreja e logo saiu à procura do padre Manzotti para uma entrevista. Na lojinha que existe no andar térreo da construção, perguntamos sobre o seu paradeiro a um simpático senhor, que descobrimos ser Antônio Manzotti, pai de Reginaldo. Antônio, infelizmente, disse que seria impossível falar com o seu filho naquela tarde sem termos combinado um horário com antecedência.
Padre Manzotti é realmente um homem muito ocupado. Realiza missas não só na paróquia Nossa Sra. do Guadalupe, como pelo Paraná afora e em outros estados do país. Entre outras atividades, também apresenta programas na rádio Evangelizar AM e mantém um portal na internet.
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O sagrado e o profano
Ao sairmos da loja, um fato curioso. No chão encontramos um santinho, que não era de Santo Expedito nem de nenhum outro santo conhecido. O papelzinho dizia apenas: “Karol, iniciante, loira, 21 anos. Local central. 3039-3544”.
Mas se o leitor pensa que isso é uma profanação de um espaço religioso, saiba que encontrar tal propaganda de serviços sexuais ali não é tão estranho quanto parece. Afinal, a igreja do Guadalupe está encravada no centro de Curitiba, tendo bares e casas de prostituição como vizinhos de rua.
Some-se isso ao fato de que, por fora, em algumas partes a igreja passa por reformas – há estruturas de concreto bruto inacabadas – externamente o visual da paróquia é bem pouco convidativo. Todavia, quem entra nessa casa de Deus muda completamente de opinião.
O interior amplo da igreja, o pé-direito enorme, suas paredes dominadas por uma camada de tinta novinha, azul bebê, e ainda seus belos vitrais, são um bálsamo para os olhos. Sem falar da temperatura amena que reina ali dentro – um alívio para quem acabou de subir uma das duas extensas rampas de acesso até a igreja.
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Mas se o leitor pensa que isso é uma profanação de um espaço religioso, saiba que encontrar tal propaganda de serviços sexuais ali não é tão estranho quanto parece. Afinal, a igreja do Guadalupe está encravada no centro de Curitiba, tendo bares e casas de prostituição como vizinhos de rua.
Some-se isso ao fato de que, por fora, em algumas partes a igreja passa por reformas – há estruturas de concreto bruto inacabadas – externamente o visual da paróquia é bem pouco convidativo. Todavia, quem entra nessa casa de Deus muda completamente de opinião.
O interior amplo da igreja, o pé-direito enorme, suas paredes dominadas por uma camada de tinta novinha, azul bebê, e ainda seus belos vitrais, são um bálsamo para os olhos. Sem falar da temperatura amena que reina ali dentro – um alívio para quem acabou de subir uma das duas extensas rampas de acesso até a igreja.
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Igreja lotada
O relógio no alto do edifício Itália marca 20h. 10º. A missa começa. O interior da igreja está completamente lotado – “Tinham que fazer um igreja maior”, diz um homem com o filho no colo – e há cerca de duzentas pessoas do lado de fora, que se espalham pelas duas rampas laterais. São homens e mulheres, crianças, adultos e velhos, em sua maioria bem arrumados e de banho tomado.
No meio desse turbilhão, destaca-se um casal de bêbados, que participa ativamente da missa, seja cantando ou fazendo comentários absurdos, para a indignação dos seguranças do local.
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No meio desse turbilhão, destaca-se um casal de bêbados, que participa ativamente da missa, seja cantando ou fazendo comentários absurdos, para a indignação dos seguranças do local.
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Desenvoltura digna de um astro de rock
“Hey, hey, hey, Jesus é nosso rei”, é o que diz uma canção do padre Manzotti, num estilo que parecia da jovem guarda. Muitas pessoas choram, se emocionam, cantam e fazem coreografias com as mãos. “Agora só nas palmas!”, incendeia Manzotti.
Em certo momento, o padre pergunta ao público: “Valeu a pena chegar 1 hora antes?” E a multidão – vinda de bairros distantes, da região metropolitana e outras cidades – responde em alto e bom som: “Valeu!”
Medalhinhas de Nossa Sra. são distribuídas e disputadas quase aos tapas pelos fiéis. Mas além das medalhinhas há outros artefatos que podem ser adquiridos durante a missa. Do lado de fora da igreja há uma barraquinha que vende desde camisetas de Reginaldo Manzotti, bem como seus cds, livros e bonecos “Manzottinho” (confeccionados em tecido, com fragrância de jasmim).
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Em certo momento, o padre pergunta ao público: “Valeu a pena chegar 1 hora antes?” E a multidão – vinda de bairros distantes, da região metropolitana e outras cidades – responde em alto e bom som: “Valeu!”
Medalhinhas de Nossa Sra. são distribuídas e disputadas quase aos tapas pelos fiéis. Mas além das medalhinhas há outros artefatos que podem ser adquiridos durante a missa. Do lado de fora da igreja há uma barraquinha que vende desde camisetas de Reginaldo Manzotti, bem como seus cds, livros e bonecos “Manzottinho” (confeccionados em tecido, com fragrância de jasmim).
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ONIPRESENÇA QUASE DIVINA
Às 20h50 é celebrada a eucaristia e as hóstias são distribuídas até para quem está do lado de fora da igreja. Na verdade o fato de ter gente para fora é tão normal que por ali também há caixas de som. Quem não pode ver a missa direito, pelo menos ouve bem as músicas e orações.
Já no finalzinho do ritual, após mais algumas bênçãos, o padre faz um último lembrete: ” e quem puder, não deixe de acessar nosso site: www.padrereginaldomanzotti.org.br !
É o esforço de Manzotti, “o padre Marcelo de Curitiba”, para atingir uma onipresença quase divina. Seja na igreja, na televisão, no rádio ou na internet, só dá ele.
Dez.2007 - reportagem especial "Essa missa é um show!" da edição zero do TiraGosto por Franco Caldas Fuchs
Já no finalzinho do ritual, após mais algumas bênçãos, o padre faz um último lembrete: ” e quem puder, não deixe de acessar nosso site: www.padrereginaldomanzotti.org.br !
É o esforço de Manzotti, “o padre Marcelo de Curitiba”, para atingir uma onipresença quase divina. Seja na igreja, na televisão, no rádio ou na internet, só dá ele.
Dez.2007 - reportagem especial "Essa missa é um show!" da edição zero do TiraGosto por Franco Caldas Fuchs
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O PECÚLIO DE LÚCIFER
pub. dia 07/04/2009 por Léo Gluck – gluckose@hotmail.com
Enquanto existir, por efeito das leis e dos costumes, uma condenação social, que produza infernos artificiais no seio da civilização, e desvirtue com uma fatalidade humana o destino, que é inteiramente divinal; enquanto os três problemas do século - a degradação do homem pelo proletariado - a perdição da mulher pela fome - a atrofia da criança pelas trevas - não forem resolvidos; enquanto em certas regiões for coisa possível a asfixia social; ou, noutros termos, e sob aspecto mais amplo - enquanto houver na terra ignorância e miséria, não serão os livros como este, de certo, inúteis.
Hauteville House, 1 de janeiro de 1862.
VICTOR HUGO - Os Miseráveis
Sobre mim, neste instante, desce um tal orgulho de não pertencer à classe dos indignos de coração. À classe dos que fazem de tudo por dinheiro, dos que se arrastam na miséria em busca do tesouro, dos que inopinadamente galgam alguns degraus na porca e hedionda hierarquia da pecúnia e acham normal mostrar a todos os outros que os cremes nos quais se besuntam custam mais caro que todo o lar que a massa ignara demorou uma vida para pôr de pé. Quando eu penso que não sobra dessas pessoas um único fio de cabelo sem lama grossa que indique um fim de vida mediano ou talvez uma opaca luz no fim do túnel, me ponho a classificar a raça humana como um dos grandes erros da História Clássica.
Ninguém me faz pensar que os dinossauros arrastariam as carcaças enormes e de aura límpida atrás de miseráveis contas públicas ou que as teriam treinado para suportar a necessidade de ir tão baixo em sua existência.
Nós somos um erro. De cálculo, de tempo e de espaço. Nós viemos para esse mundo para brigar por coisa pouca, por mesquinharia, por pequena estupidez. Não fazemos o mínimo uso do que temos de maior, mas, por nossa vez, fazemos total uso do que temos de menor. E, o que agrava tudo, o fazemos para “obter” o que há de menor. Talvez eu idealize a coisa toda romanticamente, mas fato é que não passa um dia sem que o ‘vil metal’ não nos assole a todos com os mínimos problemas que somente ele cria e que nós jamais resolveremos. Tempos faustianos imemoriais, quando já a alma é facilmente negociável e o corpo é facilmente removível; podemos dispor de tudo! Não sobra nada, tudo foi transacionado. O que significará empunhar, altivamente, a autêntica bandeira de quem disse todas as letras de vocabulário próprio e não vendeu, trocou, escambou, permutou, pernoitou (as prostitutas, essas sim são gente digna, cuja ofensa - se a há - tem somente o corpo como destino), escudou ou esfalfou nenhuma? Temo a resposta. Tenho asco, engulhos e vontade de vomitar nauseabundamente quando penso que foi para isso que viemos.
Não, douto leitor, não foi para amar e ser amado que você veio. Eu sinto muito. Foi para pedir emprestado tudo o que você não consegue roubar. Foi para roubar tudo o que você não consegue legítima e nobremente possuir. Foi para não possuir o que você não consegue enxergar. Foi para não enxergar o que você não consegue imaginar. Foi para não imaginar o que você sequer considera. Foi para não considerar o que te é de pouco valor. Foi para pouco valorizar o que você empresta. Tudo se resume num papel descorado e gasto cujas letras ninguém lê, porque ler, meu caro, é o menos importante.
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Hauteville House, 1 de janeiro de 1862.
VICTOR HUGO - Os Miseráveis
Sobre mim, neste instante, desce um tal orgulho de não pertencer à classe dos indignos de coração. À classe dos que fazem de tudo por dinheiro, dos que se arrastam na miséria em busca do tesouro, dos que inopinadamente galgam alguns degraus na porca e hedionda hierarquia da pecúnia e acham normal mostrar a todos os outros que os cremes nos quais se besuntam custam mais caro que todo o lar que a massa ignara demorou uma vida para pôr de pé. Quando eu penso que não sobra dessas pessoas um único fio de cabelo sem lama grossa que indique um fim de vida mediano ou talvez uma opaca luz no fim do túnel, me ponho a classificar a raça humana como um dos grandes erros da História Clássica.
Ninguém me faz pensar que os dinossauros arrastariam as carcaças enormes e de aura límpida atrás de miseráveis contas públicas ou que as teriam treinado para suportar a necessidade de ir tão baixo em sua existência.
Nós somos um erro. De cálculo, de tempo e de espaço. Nós viemos para esse mundo para brigar por coisa pouca, por mesquinharia, por pequena estupidez. Não fazemos o mínimo uso do que temos de maior, mas, por nossa vez, fazemos total uso do que temos de menor. E, o que agrava tudo, o fazemos para “obter” o que há de menor. Talvez eu idealize a coisa toda romanticamente, mas fato é que não passa um dia sem que o ‘vil metal’ não nos assole a todos com os mínimos problemas que somente ele cria e que nós jamais resolveremos. Tempos faustianos imemoriais, quando já a alma é facilmente negociável e o corpo é facilmente removível; podemos dispor de tudo! Não sobra nada, tudo foi transacionado. O que significará empunhar, altivamente, a autêntica bandeira de quem disse todas as letras de vocabulário próprio e não vendeu, trocou, escambou, permutou, pernoitou (as prostitutas, essas sim são gente digna, cuja ofensa - se a há - tem somente o corpo como destino), escudou ou esfalfou nenhuma? Temo a resposta. Tenho asco, engulhos e vontade de vomitar nauseabundamente quando penso que foi para isso que viemos.
Não, douto leitor, não foi para amar e ser amado que você veio. Eu sinto muito. Foi para pedir emprestado tudo o que você não consegue roubar. Foi para roubar tudo o que você não consegue legítima e nobremente possuir. Foi para não possuir o que você não consegue enxergar. Foi para não enxergar o que você não consegue imaginar. Foi para não imaginar o que você sequer considera. Foi para não considerar o que te é de pouco valor. Foi para pouco valorizar o que você empresta. Tudo se resume num papel descorado e gasto cujas letras ninguém lê, porque ler, meu caro, é o menos importante.
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SPIRIT, DE FRANK MILLER
pub. dia 16/03/2009 por Gladson Fabian - fabianjournalsociety@yahoo.com.br
Contrariando as expectativas sobre o filme do adorado personagem de Will Eisner, o filme Spirit ficou dentro do que podemos esperar de um personagem sem pretensões, criado pelo genial escritor e desenhista norte-americano, criador da moderna forma de contar histórias em quadrinhos.
Para aqueles que esperam uma narrativa gráfica no mesmo alto padrão que Eisner, podem se decepcionar com o roteiro de Frank Miller, afeito a narrativas secas e diretas, bem ao estilo realizado por ele em seus trabalhos de Sin City, a cidade do pecado criada para suas histórias policiais estilo “noir”.
Contando com a boa presença de Samuel L. Jackson no papel de Octopus o arqui-inimigo de Spirit, o filme conta com um roteiro despretensioso, assim como nas histórias curtas contadas pelo falecido gênio dos quadrinhos em mais de 50 anos de Spirit, e nos apresenta um roteiro quase ingênuo, com belas mulheres e cenas de luta um tanto cômicas, retiradas do velho estilo de fazer heróis nos gibis da década de 1940.
O próprio Eisner há muito tempo abandonou sua criação mais famosa, por saber que ela está fadada a temporalidade, e o filme soa mais como uma homenagem ao seu criador, feito pelo homem que mais entende de quadrinhos e narrativa gráfica na atualidade. Miller nos dá uma amostra de seu talento em cenas e planos que carregam nos contrastes e assinam sua forma de fazer cinema, que soa como arte para alguns e repetitiva para outros.
Spirit é uma produção feita na medida para que adultos e crianças possam assistir lado a lado, pois se os fãs do herói e, principalmente do seu criador, Will Eisner, querem saber como o personagem seria em carne-e-ossos, Frank Miller se mostrou fiel ao seu mestre. E para as crianças, acostumadas a violência na TV e nos games, aqui temos uma versão caricata dessa violência urbana, com arquétipos de heróis, mocinhas e vilões sem nuances de cinza, deixando claro que o filme não pretende ser uma obra-prima para críticos e cinéfilos fãs de Godard, mas duas horas de diversão sem compromisso.
É nisso que residia toda a força do trabalho de Eisner: saber separar a arte feita para iluminar mentes daquela feita apenas para divertir.
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