quinta-feira, 17 de maio de 2012

ALÉM DE ALAN MOORE



Em dia de pré-estréia de Watchmen, febre em todo país, foi possível ver a superação do autor pela obra

pub. dia 05/03/2009 por Gladson Fabian -
fabianjournalsociety@yahoo.com.br


Estréia nessa sexta-feira nos cinemas de todo mundo o filme que chega com a missão de ser o maior lançamento do ano e, com certeza, um dos melhores no gênero aventura-super-heróis da história do cinema. Watchmen traz consigo toda a aura que cerca a obra de Alan Moore, o mago inglês dos comics americanos, e sua máxi-série em doze partes que reescreveu a história das histórias em quadrinhos mundiais nos anos 80 do século XX.

Com uma temática que com certeza conquistará o público jovem e adulto, a história tem uma premissa simples: o que aconteceria se heróis uniformizados (entre esses um “superman”) existissem em nossa realidade. Com os mesmos problemas morais e políticos de nosso cotidiano, esses heróis passam por situações comuns entre nós mortais, desde lidar com a perda da fama até o assédio sexual (e no filme, agressão) de uma colega de equipe. O tema principal, a iminente guerra nuclear entre as duas superpotências mundiais do século XX, Estados Unidos e União Soviética, é a cola que une os pequenos dramas de todos os personagens e que culminará com um desfecho surpreendente.

Para aqueles que esperam total fidelidade a obra de Moore nos quadrinhos, é melhor avisar de antemão: a história em quadrinhos lida por um garoto ao lado da banca de jornais que aparece nos gibis não consta em sua versão cinematográfica, por motivos óbvios. Sem essa sub-história, o roteiro já se encontra acima do normal em termos de complexidade em sua narrativa, com os personagens indo e vindo entre seu passado e seu presente, com os olhos voltados para o futuro, que pode não existir. Zack Snyder, diretor da trama, foi muito convincente em criar um roteiro que poderá agradar os fãs de Alan Moore e aqueles que nada sabem sobre heróis da DC Comics ou sobre a importância dessa trama para todo o universo de heróis dos quadrinhos.

E se você precisa de doses de nicotina de duas em duas horas, é melhor se preparar para quase três horas de filme, que intercala seqüências cadenciadas e repletas de textos com cenas de ação dignas de John Woo ou grandes filmes de terror. Devo dizer que o diretor Snyder espanta pela fidelidade aos planos-sequência da história de Moore e aos closes e perspectivas desenhadas por Dave Gibbons na série original. Até mesmo as cenas de sexo entre dois personagens da história em quadrinhos são reproduzidas aqui da mesma maneira, retratando o respeito que Zack Snyder tem pelo trabalho de Moore.

Após duas horas e meia de filme, o diretor ainda consegue surpreender, inovando no único ponto em que Moore pecou em seu roteiro. Quem gosta de ver belas mulheres de colante enfrentando bandidos, rir ao ver como são ridículas roupas coloridas de heróis em adultos ou aprender como a lei deve tratar os criminosos na visão de Rorschach, vá a uma sala de cinema e assista a maior estréia do ano.

+ WATCHMEN

Silk Spectre, em duas belas versões

                             Eles também são fãs de Watchmen

.

Um comentário:

  1. leandro Says:
    março 5th, 2009 at 10:43 pm

    esta Silk Spectre parece a Thalita Uba, uma gata

    .

    ResponderExcluir