sexta-feira, 18 de maio de 2012

O sagrado e o profano

Ao sairmos da loja, um fato curioso. No chão encontramos um santinho, que não era de Santo Expedito nem de nenhum outro santo conhecido. O papelzinho dizia apenas: “Karol, iniciante, loira, 21 anos. Local central. 3039-3544”.

Mas se o leitor pensa que isso é uma profanação de um espaço religioso, saiba que encontrar tal propaganda de serviços sexuais ali não é tão estranho quanto parece. Afinal, a igreja do Guadalupe está encravada no centro de Curitiba, tendo bares e casas de prostituição como vizinhos de rua.

Some-se isso ao fato de que, por fora, em algumas partes a igreja passa por reformas – há estruturas de concreto bruto inacabadas – externamente o visual da paróquia é bem pouco convidativo. Todavia, quem entra nessa casa de Deus muda completamente de opinião.

O interior amplo da igreja, o pé-direito enorme, suas paredes dominadas por uma camada de tinta novinha, azul bebê, e ainda seus belos vitrais, são um bálsamo para os olhos. Sem falar da temperatura amena que reina ali dentro – um alívio para quem acabou de subir uma das duas extensas rampas de acesso até a igreja.



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