Apesar de sempre ter gostado de pintura, Bel Corrêa nunca freqüentou faculdade de artes plásticas. Ela, que já trabalhou com produção de cinema, foi modelo e atualmente mantêm um brechó em Santa Felicidade, só começou a pintar com alguma assiduidade há alguns anos, depois de ganhar uma tela do marido.
Por algum tempo, pintou natureza morta, até ter o insight de retratar uma “natureza” das mais vivas, que ela conhecia tão bem, sendo oriunda de Florianópolis. “Como morei na praia, desde pequena via bundas de tudo quanto é tipo, e nunca de forma maliciosa”, conta.
Em 2007, Bel fez sua primeira exposição em um shopping de Curitiba, obtendo uma grande aceitação do público. O único porém foi ter recebido uma inesperada censura desse shopping. O nome da exposição, que seria simplesmente “Bundas”, não foi aceito, de modo que ela mudou para “Tabu” (já que era algo proibido). Sem falar que não pôde expor o quadro “Cabaré”, considerado obsceno por mostrar as ancas de dançarinas da noite.
Algo impensável de acontecer em outros países como Suiça, Holanda e Itália, em que Bel depois realizou exposições com total liberdade em 2008, chegando até a ganhar prêmios. Na atual mostra na Biblioteca Pública, Bel relata que nenhum quadro foi vetado, mas a palavra que começa com “b” e termina com “unda” continua sendo demais para os padrões curitibanos.
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