terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Trajetória de Bel Corrêa

 
Apesar de sempre ter gostado de pintura, Bel Corrêa nunca freqüentou faculdade de artes plásticas. Ela, que já trabalhou com produção de cinema, foi modelo e atualmente mantêm um brechó em Santa Felicidade, só começou a pintar com alguma assiduidade há alguns anos, depois de ganhar uma tela do marido.

Por algum tempo, pintou natureza morta, até ter o insight de retratar uma “natureza” das mais vivas, que ela conhecia tão bem, sendo oriunda de Florianópolis. “Como morei na praia, desde pequena via bundas de tudo quanto é tipo, e nunca de forma maliciosa”, conta.

Em 2007, Bel fez sua primeira exposição em um shopping de Curitiba, obtendo uma grande aceitação do público. O único porém foi ter recebido uma inesperada censura desse shopping. O nome da exposição, que seria simplesmente “Bundas”, não foi aceito, de modo que ela mudou para “Tabu” (já que era algo proibido). Sem falar que não pôde expor o quadro “Cabaré”, considerado obsceno por mostrar as ancas de dançarinas da noite.

Algo impensável de acontecer em outros países como Suiça, Holanda e Itália, em que Bel depois realizou exposições com total liberdade em 2008, chegando até a ganhar prêmios. Na atual mostra na Biblioteca Pública, Bel relata que nenhum quadro foi vetado, mas a palavra que começa com “b” e termina com “unda” continua sendo demais para os padrões curitibanos.

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