terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

VOLTANDO A RODA


Na minha primeira noite de Encontro Consciência Planetária estava levando um papo com o Jopa quando Lucas Raoni, irmão do Mattoso, me chamou pra curtir uma vibe na fogueira. Lá o pessoal se chamava de caminhante, semente, macaca, águia, estrela … e a gente boiando. Descobrimos que aqueles nomes eram os kins deles, uma espécie de signo, de acordo com o Calendário da Paz - um híbrido de várias culturas (Maia, I Chi), também baseado na lua e no corpo humano, nas treze articulações, vinte dedos e sabe-se mais lá o que…
Através da agenda do calendário da paz descobriram que meu Kin é Águia Galática e o do Lucas Raoni (que já tem este nome místico) era Noite Harmoniosa. Acho que o Lucas não gostou de cara do seu Kin, mas passou a gostar depois que descobriu uma revista no chão que dizia que Noite Harmoniosa pode ser o responsável por juntar a galera pra night.
Ficamos até altas horas sapecando na fogueira - altos papos e boas vibrações. Destaque para as refeições maravilhosas, pros reggaes arrastados do Cachorro Rítmico, com destaque especial para as músicas que um tal Manelzin, codinome Águia  Azul, inventava. Seis estudos geniais!
Confesso que na fogueira senti muita falta de um garrafão de vinho, pra animar as meninas. Aliás, cada menina linda. Mas estávamos num carnaval diferente. Um esquema de família (e pensando assim era meio broxante). Éramos uma grande família mesmo, com direito a orações e agradecimentos pela comida. Até a distribuição das tarefas eram feita entre as famílias e seus respectivos dedos dentro da grande família.
Aprendi que o corpo do homem e o ciclo da lua são usados pra contar o tempo. Descobri que a nossa vida está muito ligada aos astros. Aprendi que podemos mandar energia lá pras estrelas através das nossas mãos. E que podemos até concentrar energias pra desatolar um carro, claro sem despertar a ajuda de um jipe quatro por quatro. Olhando pra cima visualizei (pela primeira vez claramente) a constelação de Orium e percebi que o ele vai errar aquele flecha.

Voltando das estrelas, me contaram que o dia seguinte seria o dia de trabalho da família do “dedo anelar” e pra meu alívio descobri que meu dedo era o polegar, todos os polegares. Então, pensei que deve vir disto meu impulso pra fazer sinal de positivo na hora de posar pra fotografias. E, talvez isso também explique minha afinidade com boleiros e pagodeiros.


A gente viaja nestes eventos - Aliás, ouvi muitas explicações malucas e auto-afirmativas sobre o ser e seu kin. O pior é que muitas faziam sentido. Por exemplo, o que significa ser semente? Descobri que a pessoa semente gosta de reproduzir. Dica interessante pra se procurar uma mulher nestas rodas. Alecsander Won Wagner (parente do compositor Richard Wagner) deu seu irmão Fagner como exemplo “ele é semente e vive fazendo cruzas (entre os bichos)”. Curioso é que a pessoa descobre e incorpora o Kin, assimilando e/ou ressaltando as características do seu signo: “o caminhante é um cara que viaja”, “o águia é observador”, “as macacas são brincantes, sorridentes”, “dragão, vai lá cuidar da fogueira!”; outra coisa bem interessante é que neste lance dos Kins não vi ideia de bom e mau.

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