terça-feira, 6 de setembro de 2011

SAN FERMINO

Carlos André, grande amigo, será nosso correspondente na Europa. Neste primeiro texto ele nos conta como foi sua aventura naquela festa em que as pessoas fogem dos touros:

Desembarquei em Londres e passarei algum tempo aqui reportando os acontecimentos e curiosidades no velho continente. Chego aqui e registro tudo em meu bloco de papel com informações e reflexos a respeito da Europa: grandes arquiteturas, lugares históricos, mulheres, comportamento, álcool, festas, drogas, música.

O verão europeu é muito movimentado, deixando o continente infestado de festivais, festas, shows. Acompanhei alguns eventos como Formula 1, Glastonbury e Festa de Sanfermino. Um dos motivos da grande quantidade de festas que ocorrem nessa época do ano se deve ao tempo que o sol que permanece no céu desde as 5:00 até 22:00 da noite, o que anima ainda mais os eventos e tiram as pessoas do conforto de seus lares para explorar a Europa.

Fui para a Espanha na busca de um festival de Heavy metal, acompanhei a corrida dos touros. Quando desembarquei na Espanha, em Madrid, fui à procura da casa de Gabriel, um grande amigo e com ele iríamos para dois dias de festival de Heavy Metal com a presença de bandas como Iron Maiden, Deep Purple, Saxon, Slayer, Iced Earth etc, assistimos a duas bandas e uma chuva acabou com os dois de festival.
Decidimos pegar o carro e ir para Pamplona, lá teríamos a festa de San Fermin. Festa de San Fermin? É a festa que todo ano passa no Jornal Nacional na qual as pessoas correm dos touros. Quando decidimos isso já fui percebendo onde estava começando minha reportagem.

Chegando em Pamplona fomos a procura de algum lugar para tomarmos um refresco e um Ron, compramos uma capa de chuva, pois estava chovendo, pegamos o nosso drinque e seguimos a pé a procura do local da festa e o caminho da corrida dos touros, por que não assim na loca, eles determinam um caminho para as pessoas fugirem dos touros. Ao chegarmos à Rua Principal da cidade A Calle Carlos III encontramos uma banda, dessas de marchinha, se aquecendo na frente de um bar e então esperamos e acompanhamos a banda, fomos dar em Plaza del Castillo, ali tinha dois bares abarrotados de pessoas cantando e pulando. (Grande detalhe: as cores da festa é vermelho e branco, quase todas as pessoas estão com no mínimo um lenço vermelho no pescoço).

O caminho dos touros fora do horário da corrida é uma festa de rua, com muitas bandas de marchinha e pessoas de todas as idades acima dos 17 anos bebendo e cantando musicas tradicionalmente espanholas (Olé olé olé eh muito comum). Os touros correm todos os dias de festa - 6 a 14 de julho – as 8:00 da manha, depois disso os bares reabrem as portas e a festa continua. Andamos por todo o caminho ate onde os touros ficam esperando o dia seguinte. A cidade esta em festa: cerveja, rum, maconha, cocaína, sexo, musica. O grau alcoólico de todos os participantes é extremamente elevado, em alguma altura eu me incluía entre os bêbados de lá, cantava e pulava. Mas até onde me lembro a festa é realmente contagiante.

As mulheres espanholas são lindas. Dedico esse parágrafo a ela: a espanhola. Quando passar na Espanha será inevitável não reparar na beleza das espanholas. Lábio superior para frente, nariz pra cima, o rosto é moldado por mãos abençoadas, o corpo é fino, mas sensualidade não as falta. Em uma festa como San Fermino não tem como reparar como as mulheres deixam a festa ainda melhor, andando pela rua vendo as mulheres sorrindo, dançando, qualquer apaixonado pelas mulheres (como eu) se afoga de felicidade.

Ao final do primeiro dia fomos eu e meu companheiro de viagem dormir no carro, acordamos seis e meia da manha para vermos a corrida dos touros, ou melhor, queríamos correr dos touros, aguardamos um tempo e a policia tirou o excesso de pessoas, nos fazíamos parte do excesso, acabamos ficando atrás de todo mundo que estava lá para ver a corrida, esperamos, esperamos a corrida acontecer e durante um Segundo ouvimos um barulho forte e extremamente rápido, apenas um “vulum”, os touros passaram. Não vimos, tínhamos que voltar para Madrid.

Infelizmente não acompanhei a corrida dos touros, mas posso defender a festa, a qual dura mais tempo. A melhor festa religiosa que eu já acompanhei na minha vida, próxima reportagem que fizer lá pretendo acompanhar os oito dias de festa e contar todos os detalhes do que acontece na festa, mas não do que acontece comigo, lógico.

É isso!

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