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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

25 VS 01.



O que pode ser pior? Quem não vai viajar, ou pior, acaba ficando sozinho nas “férias”, tem  dias tediosos para enfrentar. Nesse contexto deprimente resolvi criar uma polêmica pra lá de cretina.

Que dia de merda é pior? 25 de dezembro (níver do filho de deus) ou dia 1º  de janeiro (dia mundial da ressaca).

A comparação é blasfêmica, porém os dois dias na minha singela opnião são duas grandes merdas semelhantes.

Nada está aberto, afinal é feriado, os amigos viajam (praia ou algo que o valha). A televisão literalmente termina de foder a mente dos telespectadores. A programação é suicida.

ASPAS “eu vi a Xuxa representando uma freira, e admito que fiquei XOCADO”  ASPAS DE NOVO “to com vontade de escrever um monte de palavrão, mas isso aqui (TiraGosto) é um negócio sério, então deixa pra lá.

Também vi o padre Marcelo Rossi cantando porcarias sertanejas em nome de deus(ops DEUS-com letras maiúsculas) bla bla bla….Ví, nas novelas, os mais diversos tipos de ceias natalinas (cada uma com suas baixarias inerentes ao que gera BASTANTE audiência), vi a retrospectiva odiável do ano de 2008 (olimpíadas, novidades tecnológicas, o padre do balão, crimes ediondos,e  o final feliz narrado por Sérgio Chapelin etc etc etc…) . “2008 o ano da perplexidade”. Tudo isso é muito emocionante.
 
Meu texto é curto e raso, como esses dias em questão. Dias incríveis, tão incríveis que espero que passem logo. Só não descobri até agora qual dos dias consegue ser pior.

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terça-feira, 8 de novembro de 2011

UM DIA DE ÔNIBUS

Esta crônica “Um dia de ônibus” do Humberto chegou a mim antes da crônica “Aventura expressa” da Thalita; como o amigo leitor poderá notar elas são parecidas (em termos). Mas não foi por isso que não as publiquei antes, segurei as duas porque o Jornal TiraGosto não publicava crônicas. Acontece que hoje (dia 13/11) decidimos publicar as coisas boas que nos mandam, pra que não morram na gaveta. Afinal nosso jornal serve pra amplificar! Mas como publicar uma e deixar a outra de lado? ou pior, publicar uma agora e outra depois. Pra escapar disso decidimos publicá-las ao mesmo tempo, e, se por um lado perdemos em efeito, por outro ganhamos em pontos de vista.

Um dia de ônibus

Sexta Feira, manhã amena e ensolarada em Curitiba. O tempo está extremamente seco. Fui à biblioteca pública no centro devolver um livro. Acabei pegando mais dois. Tenho escolhido os livros meio ao acaso, me fazem companhia a noite. Procurei pelo John Reed, mas não o encontrei. Era em outro andar e não me dei ao trabalho de procurar. Sem paciência, me dirigi à seção de literatura Russa. Já tinha lido a maioria dos livros ali, e nenhum em parecia interessante. Achei um Tolstoi. “Cadáver vivo” é o nome do livro. É a historia de um casal, na qual o marido alcoólatra simula o próprio suicídio. O Interessante é que Tolstoi não permitiu que essa peça fosse encenada por se tratar de um caso real (informações de contracapa). Russos, sempre vivendo tragédias.

Certo, acho que isso vai me entediar. Na dúvida é melhor pegar outro livro. Fui para a seção de literatura inglesa. Lá encontrei Oscar Wilde, e um livro com seus melhores contos. Parecia interessante, apesar de eu não ter lido quase nada dele. Li apenas seus aforismos e achei legal. Porém, mais ao lado estava Charles Dickens. Dele sim, nunca havia lido nada. Peguei o livro “Retratos Londrinos”, que é uma série de artigos do escritor. Algo que, segundo a contracapa, “é uma espécie de ante-sala para a obra que viria a seguir.” Certo, estou satisfeito, voltar pra casa agora.

Quase onze e meia. Fico feliz que o ônibus não demorou mais do que cinco minutos para aparecer. Embarco e sento logo atrás da cobradora. O ônibus segue até o próximo ponto e para. Aproveito para pegar o livro do Dickens e escolho no capítulo “Personagens”, o artigo “Os Decadentes”. Antes de terminar a primeira página um bêbado chega do meu lado e diz:

– O que você está lendo? Não respondo e apenas mostro a capa do livro na tentativa de me livrar logo daquele incômodo. Ele diz, dando um tapinha no meu ombro.

– Você é inteligente rapaz. Ok, eu disse. Felizmente ele não resolveu sentar do meu lado. Tentei continuar a leitura, mas foi impossível. O sujeito exalava cachaça e ficava dizendo.
– Eu sou eternamente curitibano, eu sou eternamente curitibano. O incômodo estava instalado. Ali do meu lado. A cobradora, uma mulher meio gorda e forte o repreendeu.–Senta aí, você vai cair. Senta aí! Até parece que ele obedeceu, de tão bêbado que estava queria mais é se comunicar. Sabe como os bêbados podem ser inconvenientes. Então ele veio do meu lado de novo e disse.
–Você é inteligente rapaz, você vai educar as futuras gerações. Se esse idiota soubesse que estou desempregado e minha sorte não anda a das melhores ele não diria isso. Se bem que, se ele soubesse mesmo, seria pior. Era bem capaz dele querer me dar conselhos, e isso obviamente seria muito pior. Nessas situações é sempre melhor ficar em silêncio. Dar corda é o pior que se pode fazer. O bêbado então foi repreendido novamente pela cobradora.
–Senta aí, você vai cair. Senta aí!Você vai descer no próximo ponto não é? Ele continuou falando

– Eu sou eternamente curitibano, eu sou eternamente curitibano… Ta entendendo meu irmão? Graças à cobradora ele desceu um ponto antes do que ele realmente deveria. Também, bêbado, ele nem sabia onde estava direito.

Depois que ele desceu, a cobradora ficou comentando com o motorista o estado de embriaguez do passageiro. Não voltei à leitura, perdi a vontade de ler naquele momento. Voltei para casa e escrevi esse texto. Quis dividir a minha sorte com vocês. Quem não se lembra do cara que aparecia no ônibus dizendo: “Eu poderia estar roubando, eu poderia estar matando, mas não. Estou apenas pedindo uma pequena colaboração pra vocês”. E daquele que dizia “Eu sou portador do vírus HIV, infelizmente, devido ao preconceito não consigo arrumar emprego, e estou aqui pedindo uma pequena colaboração a vocês. Pode ser um real, cinco centavos, o que vocês derem. Deus abençoe”. Aí, quem dava dinheiro ganhava um “deus abençoe”, quem não dava ficava sem a benção. Nunca dei nada pra esse sujeito, mas via ele regularmente. Nunca me comoveu. Quem não se lembra? Quem não se lembra? Coisas que o pessoal que anda só de carro provavelmente nunca ouviu falar. Mais um dia de ônibus.
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

um DIA DE CÃO PARA CLEMER

pub. dia 06/10/2008 por Humberto Ferreira Gomes - humbertofgomes@gmail.com


O jornal TiraGosto continua a série de reportagens sobre a cobertura da imprensa nos jogos de futebol. Desta vez fomos ao Couto Pereira, no alto da glória, para cobrir a partida Coritiba x Internacional de Porto Alegre. Jogo da 28ª rodada do campeonato Brasileiro.

Credenciamento: como manda o figurino, antes de tudo, é necessário fazer contato com a assessoria para que coloquem o nome do profissional que irá trabalhar na partida na lista. Diferente de quando fui cobrir o jogo, Atlético x Ipatinga, na arena da baixada, não recebi credencial e sim um ingresso para as cadeiras superiores, que é onde ficam as cabines de imprensa.

Ingresso na mão, hora de trabalhar. Peguei o elevador e fui reconhecer o local. É o mais indicado a fazer quando se vai a algum lugar pela primeira vez. Andei a procura de uma cabine vaga, mas resolvi ficar no cantinho do estádio, próximo à torcida dos visitantes. Como ainda faltavam alguns minutos para o jogo começar, aproveitei e comi um espetinho de frango.


A estrutura para a imprensa segue o mesmo padrão do relatado na matéria que fiz no Atlético. Cabines de rádio, TVs que não fazem ao vivo, TVs que fazem ao vivo, imprensa escrita e no centro a cabine das câmeras. A diferença é que no Couto Pereira é possível ter acesso às cadeiras, o que tem suas vantagens como proporcionar maior mobilidade ao jornalista.


Rola a bola no campo do Coritiba, o gramado encharcado, por conta da chuva que castigou Curitiba durante todo o dia, fez com que os primeiros minutos do jogo se resumissem a um escorrega-escorrega de jogadores das duas equipes. Até que, aos 9 minutos, Maurício marca gol contra e abre a vantagem pro Internacional.

Após o banho de água fria o Coxa diminui o ritmo, e o Inter parte pra cima. O torcedor Coxa-branca fica preocupado, o time não consegue fazer muitas jogadas, o perigo é iminente. Até o mascote parece preocupado. Dia de cão para o Coxa? Que nada! Aos 15 minutos do primeiro tempo Índio e Clemer, goleiro do Inter, fizeram uma lambança que deixou a partida empatada. Era o que o Coritiba precisava! Com o apoio da torcida o time cresceu e marcou mais três. Golaço de Keirrison, aos 7 do segundo tempo. Maurício marca aos 16 e Keirrison fecha para o Coxa, aos 22 minutos do segundo tempo.


Goleada? Nessa altura do jogo o mascote já dormia tranqüilo, o que de certa maneira refletia o espírito do torcedor, passado o sufoco inicial. Tranqüilidade um pouco abalada pelo gol do Inter, marcado por Nilmar, aos 24 do segundo tempo.

Depois disso não houve muitos lances de perigo. Com exceção da bela jogada de Keirrison, que quase marcou aos 41 minutos. Trabalho encerrado, ir pra casa e escrever a matéria.

Destaque para o cão mais vip das arquibancadas do Brasil. Não é qualquer cão que tem acesso às cadeiras e camarotes.

Agradecimentos: aos jornalistas e profissionais da comunicação com quem conversei, pela atenção; ao pessoal do suporte do CFC, pelas orientações, educação e simpatia com que me atenderam, e à assessoria de imprensa do Coxa, sem a qual não seria possível fazer esta reportagem.

Próxima cobertura: Vila Capanema. Fiquem atentos leitores do TiraGosto.

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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

RRRRROLA A BOLA NA TAÇA PARANÁ

Combate Barreirinha x Urano - jogo da primeira rodada da primeira fase da 45ª Taça Paraná



pub. dia 26/08/2008 por Humberto Ferreira Gomes -
humbertofgomes@gmail.com


O campo do Combate fica no contorno norte, para chegar até lá é preciso ir de carro. Se o leitor um dia, por acaso, quiser ir até lá aí vai a dica: Siga pela rua Mateus Leme até a Rodovia dos Minérios, vire à direita antes do viaduto que divide Curitiba e Almirante Tamandaré (Sentido Colombo). Siga alguns quilômetros e fique atento à placa do Combate Barreirinha, que fica do outro lado da pista numa curva. Aí é só andar um pouco pela estrada de terra que logo é possível avistar a entrada do clube e o campo.

O Campo
O campo é simples, porém bem cuidado. O que me chamou a atenção foi uma espécie de arquibancada natural, de terra mesmo. Uma espécie de arquibancada ecológica, só que sem ser planejada, como a do Malutron. De um lado do campo fica o bar/lanchonete, onde são vendidas bebidas e pão com bife. Do outro ficam os camarotes, uma construção ainda não acabada de cimento com tijolos à vista. É nesse local que a imprensa fica. No caso deste jogo apenas um câmera da Paraná Educativa e dois caras da Rádio Colombo - narrador e comentarista, outro repórter fica em campo.


Público
Cerca de 100 pessoas presentes, entrada franca. O público assiste ao jogo ao lado das grades, atrás dos gols, ou do bar mesmo. Também é possível assistir o jogo dentro do próprio carro, que é uma boa maneira de se proteger dos ataques do mosquito conhecido como “porvinha”. Foi a primeira vez que vi drive - in para assistir jogo de futebol, muito prático. Como fui de bermuda me dei mal.

Uma coisa comum são as ofensas ao juiz aos próprios jogadores e técnicos. Dentre as pérolas, eu escutei:

Torcedor para o jogador do Urano:
- Acerta o cotovelo na boca deste sem vergonha!
Para o Juiz da partida:
- Não sabe apitar porra nenhuma seu animal, ta com preguiça de correr?
- Ta com o rabo costurado seu filho da puta!
Isso além das ofensas tradicionais que não cabe comentar aqui.

O jogo
1×1 empate! Giba do Combate Barreirinha marcou um golaço de falta no primeiro tempo. Mandou a bola bem na gaveta, o goleiro nem viu. Salário, o ídolo do último campeonato, marcou de pênalti para o Urano nos momentos finais do jogo.

Taça Paraná
A Taça Paraná acontece desde 1964. Na atual edição 28 equipes participam, sendo quatro delas de Curitiba: Combate Barreirinha, Nova Orleans, Trieste e Urano.
Neste fim de semana vamos voltar ao campo do Combate e cobrir um clássico da suburbana, Combate Barreirinha x Trieste.

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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

VIU COMO SE FAZ?

A reportagem do Jornal TiraGosto foi aos bastidores da imprensa e trouxe para você essa matéria que mostra o que acontece na cobertura de um jogo de futebol


Chegando ao estádio
A primeira coisa que tive que fazer foi descobrir onde ficava a sala de imprensa - lá fica a lista com o nome dos veículos e dos profissionais que irão trabalhar na partida. Após pegar minha credencial, subi para o setor da imprensa. Peguei o elevador na torre três da arena da baixada, com outro jornalista que fazia cobertura para TV. Desci no quarto andar, ainda um pouco sem saber exatamente para onde estava indo. Subi alguns degraus e virei à esquerda num corredor imenso que cobre praticamente todo o comprimento do campo de futebol. No corredor ficam as cabines de som, iluminação e as cabines da imprensa - TVs, rádios, e imprensa escrita.

Nas cabines de imprensa
A vista é realmente privilegiada, de qualquer cabine pode-se ver todo o campo. Antes do início do jogo fui conferir o que acontecia em cada cabine. As primeiras cabines são destinadas à imprensa escrita – jornais, blogs, revistas. Em seguida rádios, e TVs que não fazem ao vivo. Bem no meio do corredor, fica uma cabine maior, onde ficam os câmera-mans de olho em todos os momentos do jogo. Na cabine seguinte ficou o pessoal da Sportv, que cobriu a partida ao vivo. Adiante, a mesma estrutura se repetia: TVs, rádios e imprensa escrita. Retornei à cabine da imprensa escrita. Sentei-me, abri um copo d’água (cortesia para a imprensa), e fiz algumas anotações.

O pessoal que cobre o jogo ao vivo, tem auxílio da tecnologia. Geralmente eles acompanham o jogo anotando os melhores momentos e principais jogadas no Notebook. O placar também é atualizado online. Outros jornalistas simplesmente acompanham o jogo e fazem suas anotações.

Imprensa Escrita –
O pessoal que cobre o jogo ao vivo, tem auxílio da tecnologia. Geralmente eles acompanham o jogo anotando os melhores momentos e principais jogadas no Notebook. O placar também é atualizado online. Outros jornalistas simplesmente acompanham o jogo e fazem suas anotações.

Rádio - A equipe de rádio geralmente conta com seis pessoas. O locutor, o comentarista – que faz anotações e comenta no momento adequado, dois repórteres no campo – que entram ao vivo quando são chamados pelo locutor, geralmente após os gols e nos intervalos. Ainda participam da equipe dois técnicos de som. Um na cabine outro no estúdio da rádio.

TVs –
Existem dois tipos de cobertura para a TV. A cobertura ao vivo e a cobertura em forma de reportagem ou VT.

Na cobertura ao vivo, a equipe que fica na cabine conta com o câmera-man, assistente de câmera, o narrador e o comentarista. No campo ficam mais dois repórteres, câmeras e assistentes. A participação dos repórteres de TV e Rádio em campo seguem os mesmos princípios. Ambos participam em circunstâncias semelhantes como: antes do início do jogo e minutos após o começo. Gols, jogadas importantes e é claro, no intervalo.

Na cobertura “não ao vivo” a equipe é menor. Ficam na cabine, o repórter, o câmera e o assistente. Durante a partida o repórter anota os principais momentos. Quando retorna para a TV ele monta e texto o coloca sobre as imagens editadas.

Atlético Paranaense x Ipatinga (MG)
O jogo foi uma barbada para o Atlético, que estreou com novo técnico, Mário Sérgio. O furacão meteu cinco gols no Ipatinga, lanterna do campeonato. Destaque para o atacante Pedro Oldoni que marcou três e quebrou seu jejum de gols. Bom para a torcida atleticana, que há tempos cobrava uma mudança de atitude no time. Se bem que o Ipatinga é cachorro morto, com todo respeito ao finado.